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Policial

Identificado bando acusado de explodir bancos no Baixo São Francisco alagoano e sergipano

Bando queimou um veículo Gol de cor preta usado nos assaltos. No interior, destroços de caixas eletrônicos

Um trabalho de investigação em conjunto envolvendo as polícias Militar e Civil de Alagoas e Sergipe, conseguiu identificar uma quadrilha acusada de explodir bancos na região do Baixo São Francisco, dos dois estados vizinhos. Pelos menos, o roubo de cinco agências bancárias são atribuídos ao bando.

Segundo o levantamento das polícias, dois foram em Alagoas, na cidade de Porto Real do Colégio, sendo a agência do Bradesco (03 de setembro) e do Banco do Brasil (03 de novembro). E em Sergipe, na cidade de Capela, onde detonaram dois caixas eletrônicos do Bradesco (dia 05 de novembro). Na cidade de General Maynard, um correspondente do Banese e em Divina Pastora, um cash também do Banese, que ficava dentro da Secretaria de Assistência Social da cidade. As duas últimas explosões, ocorridas na madrugada desta quarta-feira (06).

“A partir das explosões ocorridas em Porto Real do Colégio, iniciamos um trabalho em conjunto, envolvendo militares da 3ª Companhia Independente, do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e o 85º Distrito Policial. Começamos a investigar possíveis ligações dos últimos acontecimentos da região, com a quadrilha. Uma foi o bando que assaltava veículos no Baixo São Francisco, ocasião que um morreu na troca de tiros, o roubo da pickup Frontier do vice-prefeito de Japoatã e o da Ecosport. A partir do que conseguimos, teve início uma troca de informações com a inteligência sergipana”, contou um policial envolvido nas investigações.

Cortesia - G1 SergipeAcusados de Propriá e região

Com a união dos dois estados, visando desarticular mais uma quadrilha envolvida em explosões de bancos, modalidade de crime crescente em Alagoas e Sergipe, se chegou ao bando. Inclusive, o nome dos integrantes e possíveis locais onde residem. “Começamos a monitorá-los e conseguimos descobrir que eles iam voltar a agir na região, mas não sabíamos o local. Foi quando nesta madruga, as polícias montaram campana. Fechamos a nossa região pelo lado Alagoano e as polícias sergipanas cercaram o lado dela. Porém, eles conseguiram explodir bancos em Divina Pastora e General Maynard, nesta madrugada (06). A partir de então, teve início uma caçada pelo BR-101-SE”, acrescentou.

Dois carros usados em explosões em Alagoas e Sergipe

Com a perseguição em Sergipe, a bando queimou nas imediações da Fazenda Mulungu, zona rural de Propriá, um Volkswagen Gol de cor preta e placa ERP-5540, de Araçatuba/SP. No interior do veículo, foram encontrados destroços de caixas eletrônicos. Este foi usado também na explosão do caixa eletrônico de Porto Real do Colégio e nas cidades de Capela, Divina Pastora, General Maynard, ambos em Sergipe.

Ainda na fuga, usando o Ford Ecosport de placa KJP-0179, roubado em Porto Real do Colégio, estouraram a suspensão do automóvel ao tentar cruzar uma barreira de concreto da duplicação pelo lado sergipano. Cerca de cinco homens abandonaram o veículo e fugiram entrando em um matagal na zona rural de Propriá. Na escapada, a polícia sergipana recuperou três espingardas de repetição calibre 12 e uma pistola 380.

Até o fechamento desta matéria, cerca de 60 policias do Comando de Operações Especiais (COE), estavam ainda na busca do bando, nas imediações da zona rural de Propriá.

Cortesia - 3ª CIA/ 11º BPMNova célula agindo na região do Baixo São Francisco

Segundo as investigações, pelo menos, dois possuem passagem pelo Sistema Penitenciário de Sergipe. E o possível líder da quadrilha, já cumpriu pena na Bahia, por assalto a bancos. “As investigações apontam que dois são ex-reeducandos de Sergipe e, o líder, de acordo com o que apuramos, foi preso na Bahia por rouba a bancos. Após sua saída, ele revolveu criar uma célula para atuar no Baixo São Francisco, recrutando pessoas em Propriá e região”, garantiu.

Modus operandi e esbanjando dinheiro

Com as explosões ocorridas em Porto Real do Colégio, a polícia Alagoana identificou o modus operandi da quadrilha e concluiu que se tratava das mesmas pessoas. “Com base nas investigações, nos vídeos das explosões e informações passadas por testemunhas, concluímos que se trava das mesmas pessoas. Na realidade, amadores. Não sabiam manusear as armas, nervosos e os mesmos trejeitos. Pessoas amadoras com pouco tempo nesta modalidade de crime. Também conseguimos monitorá-los e descobrir que eram pessoas que esbanjavam dinheiro em Própria e região, se passando por ricos. Mas, agora chegou ao fim e vão ter que pagar pelos seus crimes”, concluiu um policial alagoano que participou das investigações.

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