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Alagoas

Ícone da luta dos portadores de doenças raras receberá Prêmio de Direitos Humanos

Dr. Hemerson consegue se comunicar por meio de um aparato tecnológico

O cirurgião cardiovascular Hemerson Casado será um dos homenageados no Prêmio Alagoas de Direitos Humanos, uma iniciativa do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh). A solenidade acontecerá no dia 7 de dezembro, às 19h30, no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, Centro de Maceió.

Hermerson Casado ficou conhecido nacionalmente pela luta que trava em prol da assistência pelo SUS e planos de saúde a pessoas que, assim como ele, são portadoras da ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença degenerativa ainda incurável. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil há 14 mil indivíduos portadores de ELA, sendo realizados mil diagnósticos ao ano.

Dr. Hemerson descobriu a doença há seis anos e reivindica incansavelmente, mesmo com todas as limitações trazidas pela doença que o deixou paralisado, o direito à atenção, diagnóstico e tratamento gratuitos e adequados para portadores de doenças raras.

Ativista dos direitos humanos na saúde, o médico – que hoje se comunica por meio do Tobii I Series, computador portátil controlado pelo movimento dos olhos, com mouse ocular e teclado virtual, um aparelho que custa em média R$ 30 mil – já conseguiu importantes avanços, como a disponibilização, a partir de 2019, desse equipamento de leitura ótica para pacientes atendidos pelo SUS que só consigam movimentar os olhos.

“Dr. Hemerson se tornou um exemplo para toda a sociedade. A doença, que traz tantas limitações e desafios, não foi suficiente para retirar dele a força de lutar e a energia pra continuar atuando em defesa do acesso à saúde pública para portadores de doenças raras. Além disso, tem usado o conhecimento médico e sua rede de relacionamento para mostrar ao país a realidade de quem é portador de alguma dessas doenças raras, as quais têm aumentado a cada ano. Ele merece nosso respeito, admiração e homenagem”, disse a secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria José da Silva.