Brasília (18/02/2022) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do Núcleo de Prevenção e Atendimento às Emergências Ambientais no Ceará, informa que, após ser comunicado sobre o aparecimento de manchas oleosas em praias do estado, iniciou – no final de janeiro, uma série de vistorias para confirmar a chegada do óleo e prestar orientações técnicas sobre sua remoção e destinação final.
O Ibama esteve nas praias de todo o litoral leste até o município de Fortaleza. Após a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Marinha do Brasil coletarem e analisarem as amostras, foi constatado que o óleo encontrado não é o mesmo do incidente que ocorreu nos anos de 2019/2020.
Durante a primeira vistoria, em Icapuí, a equipe de emergência ambiental verificou a faixa de areia das praias e realizou entrevistas com pescadores, banhistas e bugueiros. Por fim, não foi avistado óleo em nenhuma das praias dessa região.
Manchas foram vistas na praia da Fontainha, município de Aracati, que apresentou dispersos de forma esparsa e contínua até a praia de Lagoa do Mato. A prefeitura do local realizou a limpeza de parte do óleo encalhado, resultando no recolhimento de 37 sacos de resíduos. Nas praias de Majorlândia e Canoa Quebrada, apenas vestígios de óleo – indicando o bom resultado do trabalho de limpeza realizado pela prefeitura de Aracati.
Em Quixaba estava a maior concentração de óleo encontrada pelo Instituto, ficando a prefeitura responsável pelo recolhimento desse material. Na praia do Cumbe o panorama foi semelhante. O recebimento e a destinação desses resíduos foi intermediado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).
Recentemente, houve registro de óleo na praia de Cumbuco, localizada no litoral oeste. Neste caso, a origem dos resíduos ainda está sendo averiguada. Com apoio da aeronave Poseidon, o Ibama monitorou todo o litoral cearense e não encontrou óleo na superfície do mar.
De acordo com Fernanda Pirillo, Coordenadora Geral de Emergências Ambientais, a comunidade e os agentes públicos “estão engajados e atentos, com a devida prática em como recolher os resíduos de óleo – isso porque passaram por situação similar em 2019”. A região entre o litoral leste e Fortaleza foi monitorada e está sob controle: o Ibama esteve em todas as praias e, ainda de acordo com Pirillo, “não chegou mais óleo. As amostras recolhidas pelo Instituto foram levadas para a Universidade para a devida análise”, concluiu.