O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 1,7 milhões em multas e embargou atividades de 1.334 hectares de floresta derrubada ilegalmente nos estados do Amapá, Amazonas e Acre. A operação foi feita por agentes ambientais federais do Ibama entre 18 de maio e 12 de junho.
Segundo o coordenador da operação e chefe da fiscalização do Ibama no Amapá, Marcus Keynes, ficou constatado um modo de operação bem definido em relação à dinâmica do desmatamento naquela região, que ocorre em sua maior parte em assentamentos.
“Uma família se beneficia de um lote de projeto de assentamento pensando em ali produzir o seu sustento e prosperar, porém logo recebe propostas de compra ou arrendamento da propriedade com o financiamento da derrubada e do plantio do capim. Na proposta, a família continua na terra como se fosse o dono, assumindo toda e qualquer responsabilidade administrativa, pois somente quando o pasto está consolidado é que a família é expulsa e vai para a cidade pleitear outra terra em nome de outro ente”, afirma Keynes.
Devido a estas características, o Ibama poderá adotar a estratégia de apreender gado na região, pois, assim, irá atingir os verdadeiros responsáveis pelo desmatamento ilegal que está ocorrendo nesta área da BR-317, que se vem consolidando como uma das principais frentes de destruição da floresta amazônica em sua porção ocidental.