Na noite de São João, a UTQ recebeu 16 atendimentos no São Pedro, foram registrados 11
A Unidade de Terapia de Queimados (UTQ) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) registrou, em junho deste ano, 86 atendimentos a vítimas de queimaduras. O número representa 22% a menos de queimados em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram atendidas 110 vítimas.
Na noite de São João, a UTQ recebeu 16 atendimentos. Desse total, oito pacientes passaram por amputação em decorrência dos fogos de artifício – seis eram crianças e dois, adultos. Na noite de São Pedro, foram registrados 11 atendimentos, com três amputações, envolvendo um adulto, um adolescente e uma criança.
De acordo com a médica intensivista, Márcia Calazans, o que chamou a atenção nos atendimentos foi a gravidade dos casos. “O que chama a atenção são os números de amputações e as gravidades das lesões. Tivemos vários casos como crianças tentando acender fogueiras, soltando fogos sem a supervisão de um adulto. Tivemos 22% de redução de internações se comparado ao ano passado. No entanto, a gravidade dos casos chama a atenção. Muitas queimaduras na face, tórax e membros superiores, além das amputações. O tratamento é muito doloroso e prolongado”, enfatizou.
O jovem José Elenilson dos Santos, 25, morador do município de Santa Luzia do Itanhy, foi soltar uma ‘espada’, que estourou na mão direita. O paciente passou por cirurgia e o dedo indicador precisou ser amputado. “Eu nunca soltei fogos em toda minha vida. Estava em casa e fui dar uma olhada na festinha que estava acontecendo no povoado. Quando cheguei lá um colega abriu a mala do carro que estava cheia de espadas, ele me convidou a soltar um e foi quando tudo aconteceu”, lamentou.