O Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) encerrou o ano de 2014 com cerca de 170 mil atendimentos. Desses, 20.500 pacientes ficaram internados na unidade hospitalar. Os resultados foram obtidos em relatórios emitidos pelo Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar (Hospub), de domínio público e desenvolvido pelo Datasus, do Ministério da Saúde.
“O Huse atende um número expressivo de cidadãos e é referência em todo o Estado por ter um dos melhores parques tecnológicos do Nordeste. Além de equipamentos, o complexo hospitalar conta, principalmente, com a indiscutível capacidade técnica dos seus servidores, destacou Hamilton Santana, diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), órgão que gerencia a unidade.
Durante todo o ano, profissionais que atuam no pronto socorro do Huse agilizaram os mais diversos atendimentos, entre clínicos, cirúrgicos, pediátricos, administração de medicamentos e ortopédicos, sendo este último o mais procurado, com cerca de 10 mil atendimentos, envolvendo acidentes automobilísticos, motociclísticos e atropelamentos. Das vítimas desses acidentes, 3.350 pacientes ficaram internados no hospital.
Os números apresentados superam os de 2013, quando foram totalizados 160 mil atendimentos, com 17 mil internações. De acordo com a superintendente do Huse, Lycia Diniz, o quantitativo de pacientes atendidos está acima das capacidades da unidade hospitalar, o que acaba gerando a superlotação no hospital. Impasse esse justificado na ampla resolutividade dos casos recebidos.
“Aqui tem resolutividade. Os pacientes saem com um diagnóstico pronto depois de realizado os exames necessários e prescritos os medicamentos. A partir dessa constatação, o Huse não é um problema, ele está superlotado porque ainda não há entendimento pleno que os casos aqui administrados só devem ser de urgência e emergência, de alta complexidade. Casos de baixa complexidade devem ser atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Conclui-se, portanto, que cerca de 85% dos nossos pacientes deveriam ser atendidos nessas UPAs”, afirmou a superintendente.
Lycia Diniz destacou ainda que muitas pessoas procuram diretamente o Huse sem nem sequer passar pelas UPA's. “Inúmeros pacientes chegam ao Huse para tratar de questões que não deveriam ser administradas lá. Com isso, temos insumos consumidos, horas pagas aos médicos que deveriam estar atendendo casos graves, considerados de urgência, mas enquanto isso ficam aguardando o término da avaliação de um caso de baixa complexidade”, revelou.
Embora ainda sejam grandes os desafios, a superintendente prevê melhorias para 2015. “Eu tenho muita esperança com esse governo que irá iniciar e no gerenciamento realizado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). Eu acredito no governador, por isso vou continuar no projeto com a esperança de que vai dar certo. Acredito também no envio de mais verbas para o abastecimento de insumos e para a manutenção dos nossos aparelhos, já que temos um excelente parque tecnológico”, ressalta a superintendente do Huse.
