Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 06, a diretoria do Hospital Universitário pediu que o governo de Alagoas se empenhasse na luta contra a proliferação da superbactéria acinetobacter que já matou oito pacientes da unidade hospitalar. Outras pessoas foram infectadas e correm risco de morte.
A reunião contou com a participação de representantes do Ministério Público Estadual e das secretarias de Estado e Municipal de Saúde, além da direção do HU, que solicitou que medidas urgentes fossem tomadas para impedir o avanço da superbactéria.
Oito mortes
A superbactéria acinetobacter já matou oito pacientes, entre jovens e recém nascidos e contaminou mais 10 pessoas que estão sendo tratadas numa área isolada do hospital. Após a confirmação de que as mortes foram ocasionadas pela superbactéria, a diretoria técnica do hospital decidiu fechar por tempo indeterminado a UTI neonatal e isolar a UTI geral, transferindo os pacientes que estavam nessas áreas para outra ala mais segura do hospital.
O diretor técnico do Hospital Universitário, Alberto Fontan, falou novamente com a imprensa e contou que apesar das mortes terem ocorrido no HU, à maioria dos pacientes foram infectados em outras unidades de saúde e ao serem transferidos ao hospital trouxeram a bactéria que acabou contaminando os outros pacientes.]
Possibilidade de surto
Fontan mais uma vez descartou a possibilidade de haver um surto da superbactéria, contrariando o laudo de representantes do Sindicato dos Servidores da Ufal (Sintufal), que declararam que o número de infectados é bem maior do que foi divulgado e que existem registros de funcionários do hospital.
Segundo o Sintufal há a suspeita da proliferação da superbactéria também em hospitais privados da capital alagoana. Alberto Fontan nega que funcionários tenham sido infectados e contou que vai solicitar que a Secretaria de Saúde do Estado inspecione os hospitais da rede privada de Maceió para apurar a denúncia do Sintufal