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Cultura

Hospital da Criança vira palco de músicos da Orquestra Sinfônica

O saguão central do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) se transformou em palco de um concerto musical de um quarteto de cordas. Com arranjos de composições populares entre o público infantil, como Trenzinho, de Heitor Villa-Lobos, músicos da Orquestra Sinfônica de Brasília do Teatro Nacional Cláudio Santoro buscaram desanuviar a carga tipicamente associada a ambientes clínicos.

“Esse projeto está sendo inaugurado pela Secretaria de Cultura [do Distrito Federal], em parceria com a Secretaria de Saúde, para levar os músicos até hospitais e casas de saúde, para trazer um pouco de alegria, mudar um pouco a cabeça de quem está aqui – às vezes, em situação um pouco difícil, complicada -, para fazer pequenas apresentações”, explicou o instrumentista Marcos Guedes.

O concerto contou com dois violinistas, uma violoncelista e uma violista.

“Minha relação com a música sempre foi muito forte. A música é a minha vida. Então, faço com o maior prazer, o maior amor. Estou muito feliz de poder participar desse projeto”, afirmou Mariana Gomes, jovem de 36 anos que compõe o quarteto e toca viola há 28 anos.

“Desde pequena, meu pai colocava LPs de música clássica e, para mim, era uma coisa muito especial. Eu ficava extasiada, ouvindo. Sou apaixonada por Brasília e poder contribuir com a cidade é muito bacana”, completou.

Com perfis e histórias de vida distintos, pacientes, acompanhantes e mesmo funcionários da instituição hospitalar acompanhavam o repertório, que chegou a provocar o choro de alguns deles.

Moradora de Águas Lindas (GO), a 50 quilômetros da capital federal, Isabela Ferreira, elogiou a iniciativa. “Seria bom se todos os hospitais de Brasília tivessem algo parecido”, afirmou, entre afagos e risadas da filha, Sofia, de 1 ano e 7 meses. “Desde quando eu estava grávida, ouvia muita música. Somos cristãs e, sempre que ela ouve, ela põe a mão no coração, aprecia. [O projeto] É algo diferenciado e, realmente, acalma. Você sente mais paz, não tem gritaria”, disse Isabela que estava no local procurando tratamento para dermatite atópica da menina.