Durante as festividades alusivas ao Dia 7 de Setembro em Penedo, um caso jamais registrado na cidade assustou dezenas de populares que passavam na Rua Barão do Rio Branco, momento que desfilava a Escola Nossa Senhora Auxiliadora. Um homem que reside no também conhecido 'Rosário Estreito', surtou e desferiu vários golpes de machado, quando um caminhão do educandário com crianças na carroceria passava pelo local.
Em depoimento na 7ª Delegacia Regional de Penedo, uma professora da escola afirmou que a ação de Maximilian de Queiroz, 41 anos, não terminou em morte, porque pais e professores retiraram a tempo as crianças do caminhão.
“O homem inesperadamente veio correndo em direção ao caminhão, houve correria e muitos gritos. Os pais e professores que estavam próximo retiraram todos os alunos e ele começou a desferir vários golpes de machado contra o veículo”, narrou a testemunha durante registro do Boletim de Ocorrência (B.O.).
Já o motorista do veículo, contou em depoimento como tudo começou. “O suspeito estava com um cigarro e começou a estourar os balões que ornamentavam a alegoria das crianças. Neste momento, desci da cabine e fui questioná-lo o motivo dele fazer isso. Quando Max veio para cima de mim e apenas me defendi. Ele correu para dentro de casa, pegou um machado e começou a golpear a porta do caminhão, quebrou o retrovisor e ainda golpeou a grade de madeira do veículo, isso com várias crianças no interior, foi quando começou a correria e o pânico”, detalhou o motorista do veículo.
Já o suspeito, alegou em sua defesa que passou um homem na sua porta, onde estava bebendo com seus amigos e soltou uma ‘piada’ com a sua namorada. Então, entrou no quintal, pegou o machado e correu para a porta, momento que lembra-se apenas que viu pessoas correndo.
“Lembro apenas que vi várias pessoas correndo. Quando percebi a correria, entrei e guardei o machado. Não lembro que atingi o caminhão que estava com crianças na carroceria”, disse Maximilian de Queiroz.
Antes da prisão, populares cercaram a casa dele na tentativa de invadir, linchá-lo e, ainda atear fogo no imóvel. Por sorte, militares chegaram a tempo e impediram que a população fizesse ‘justiça’, com as próprias mãos.
Max foi preso em flagrante delito por militares que faziam o trabalho ostensivo durante o desfile do Dia 7 de Setembro, por volta das 21hrs e, conduzido para a 7ª Delegacia Regional de Penedo, onde os procedimentos cabíveis foram adotados.
Crimes atribuídos
Na DP, foi confeccionado o flagrante com base em sete crimes do Código Penal Brasileiro (CPB): Artigo 129 (lesão corporal); Artigo 147 (Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto); Artigo 163 (Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: I – com violência à pessoa ou grave ameaça) Artigo 329 (Resistência à prisão) e Artigo 121 com o 14 II (Tentativa de homicídio, quando iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente). Além de porte ilegal de arma de branca, o caso em questão, um machado.
Maximilian de Queiroz, 41 anos, residente na Rua Barão do Rio Branco, Centro Histórico, se encontra preso e o seu caso, foi enviado na tarde desta segunda-feira (08), para o Poder Judiciário, que decidirá sobre a sua permanência na prisão e, se arbitrará fiança.
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