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Esporte

Holanda e Dinamarca fazem o cássico do dia na África do Sul

Sneijder é a esperança holandesa diante da Dinamarca

As seleções da Holanda e da Dinamarca, se enfrentam nesta segunda-feira em Johannesburgo, às 8h30m, em uma partida que promete ser uma das melhores da primeira fase do Mundial. A Dinamarca passou da primeira fase nas três Copas que disputou, sempre com times competitivos, e a Holanda tem fama de encantar, mas morrer na praia. História não falta.

Infelizmente, sobram desfalques nas equipes. A fosa ‘Laranja Mecânica’ não contará com um de seus destaques, o atacante Arjen Robben, que se recupera de lesão. A ‘Dinamáquina’ perdeu Bendtner, atacante destaque do Arsenal, e o veterano Tomasson é dúvida.

Na Holanda, o técnico holandês Bert van Marwijk não confirmou a escalação, nem o substituto de Robben, mas criticou a bola, o gramado e até as vuvuzelas. Van der Vaart deve jogar pela esquerda. Na direita, a dúvida é entre Kuyt e De Zeeuw.

Segundo o técnico holandês, a partida não deve ser fácil. “Nós sabemos que os dinamarqueses estão muito bem e eles nos conhecem, então nenhum dos lados tem surpresas para o outro”, ele disse. “Mas você viu no jogo que ontem, da Inglaterra, que ninguém vence a estreia tranquilamente.”

Na Dinamarca, Rommedahl deve jogar no lugar de Bendtner. Se Tomasson não estiver apto, o técnico Morten Olsen deve optar pela jovem revelação do Ajax Christian Eriksen, de 18, anos. “Ele é muito bom. Há uma boa chance dele começar jogando amanhã”, disse o treinador.

HISTÓRIA

Se a Dinamarca precisa estar à altura das surpreendentes campanhas de seleções passadas, a Holanda precisa acabar com a tradição de vacilar em momentos decisivos.

As duas equipes se enfrentaram na semifinal da Eurocopa de 1992, na Suécia. A Dinamarca vencia a então campeã europeia por 2 a 1 até o final do segundo tempo, quando Frank Rijkard levou o jogo para a prorrogação. Nos pênaltis, Schmeichel defendeu a cobrança de Van Basten e colocou a Dinamáquina na final. A equipe seria campeã após derrotar a Alemanha.

LARANJA MECÂNICA

A Holanda vai para sua nona copa do mundo tentando acabar com o ditado ‘jogamos como nunca, perdemos como sempre’. Vice-campeã em 1974 e em 1978, a Laranja Mecânica traz ao Mundial sua quarta geração de jogadores talentosos. Após Cruyff, Neeskens e Resembrimk nos anos 70, Gullit, Van Basten e Rijkard nos 80 e Bergkamp, Davids e Seedorf nos 90, é a vez de Robben, Sneijder e Van Persie tentarem levar a seleção ao título.

Nas últimas quatro Copas que disputaram, os holandeses jogaram bem a primeira fase, mas caíram antes da final. Na Alemanha, perderam a Batalha de Nuremberg para os portugueses, em uma partida dois jogadores expulsos de cada lado e 12 cartões amarelos. Em 98, derrota nos pênaltis para o Brasil na semi, com direito a show de Taffarel. Em 94, outra derrota para a seleção canarinho, com o gol espírita de Branco. Em 90, foram eliminados pela Alemanha nas oitavas de final.

DINAMÁQUINA

A Dinamarca jogou apenas três Copas do Mundo. Mas não fez feio em nenhuma delas. Em 1986, a Dinamáquina de Michael Laudrup encantou o mundo ao golear o Uruguai por 6 a 1 e derrotar a poderosa Alemanha. Mas caíram diante dos espanhóis.

Em 1998, ao lado do irmão, Brian, Michael levou a seleção da terra de Hamlet até às quartas de final, quando caiu frente ao Brasil. A partida, vencida por 3 a 2, foi disputadíssima, com direito a dois gols salvadores de Rivaldo e a bicicleta ‘pneu furado’ de Roberto Carlos dentro da área, que culminou com o gol dinamarquês.

Em 2002, já sem os irmãos Laudrup, a Dinamarca acabou eliminando a França, campeã do mundo, em um grupo que ainda tinha Uruguai e Senegal. Os dinamarqueses venceram os uruguaios, velhos fregueses, por 2 a 1, derrotaram os franceses com Zidane voltando de lesão por 2 a 0. Nas oitavas de final, caíram diante da Inglaterra.