O número de doações de sangue no Rio de Janeiro está abaixo do necessário para manter os estoques e suprir a demanda de toda a rede do estado. Desde a segunda semana de maio, a média diária de doações está em 150, quando o necessário são 250 captações. A informação foi dada pelo Hemorio, que coordena a distribuição de sangue e derivados para todas as emergências do município e mais 180 hospitais em todo o estado.
Segundo a enfermeira-chefe do setor de Promoção à Doação de Sangue do Hemorio, Simone Fonseca, o ideal são 400 comparecimentos por dia para manter o estoque em níveis confortáveis, já que nem todas as pessoas que se voluntariam podem efetivar a doação.
“Algumas pessoas que chegam aqui descobrem que não podem doar, [porque] por exemplo, estão com a pressão mais baixa, ou muito alta, ou um valor de hemoglobina muito baixo, ou outra situação clínica. Então, para manter a média de doação, precisa do comparecimento de 400 pessoas por dia.”
O doador precisa ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e estar bem de saúde. Adolescente de 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais ou responsáveis legais. Simone explica que existem outros critérios que impedem a doação. De acordo com a enfermeira, as dúvidas podem ser esclarecidas no site do Hemorio, pelo Disque Sangue (0800 282 0708) e por e-mail (doasangue@hemorio.rj.gov.br).
“Tem vacinas que impedem a doação por até quatro semanas, como a da febre amarela. Outras, só por dois dias. Como isso tudo é muito variável, precisa saber qual a vacina, por qual motivo tomou a vacina, se tomou medicamento, qual foi, se sofreu alteração de saúde nos últimos meses, se viajou para fora do estado do Rio de Janeiro, se está fazendo algum tratamento de saúde. Em geral, a tatuagem impede a doação por 12 meses, assim como o piercing e a maquiagem definitiva. Piercing na região urológica ou genital impede definitivamente [a doação] enquanto a pessoa tiver o piercing”.
