Após dois dias de campanha realizada no Hipermercado Extra, localizado no bairro da Mangabeiras, em Maceió, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) conseguiu cadastrar 352 novas pessoas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Com isso, o número de alagoanos inscritos passou de 11.954 para 12.306, o que representa que a ação obteve êxito, segundo o biólogo do Laboratório de Imunogenética da instituição, Márcio Galdino.
No entanto, o número ainda é considerado pequeno, uma vez que a probabilidade de encontrar um doador compatível com um paciente é pequena, devido à miscigenação brasileira, decorrente das várias influências colonizadoras. Por isso, visando aumentar as chances dos alagoanos que necessitam de um transplante de medula óssea, para que possam se curar de doenças como a Leucemia, a direção do órgão apela para que mais alagoanos possam se cadastrar no Redome.
Para isso basta se dirigir à sede do Hemoal, situada no bairro Trapiche, próximo ao Hospital Geral do Estado (HGE), e se candidatar à doação. O órgão funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, além de abrir aos sábados, no horário das 8h às 12h.
A campanha foi realizada em parceria com a Liga de Oncologia de Alagoas, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal). Também contou com a parceria com Hipermercado Extra Mangabeiras, que cedeu o espaço para que o cadastro fosse realizado pelos técnicos do hemocentro alagoano.
Procedimento simples – De acordo com a diretora do Hemoal, Verônica Guedes, o cadastro é simples, já que são coletados dos doadores apenas 5 ml de sangue para fazer o exame do código genético. O resultado é remetido para o Redome, no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, mas o candidato só é chamado para fazer a doação caso seja encontrado algum paciente compatível no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme).
“É importante frisar que, para se candidatar à doação de medula óssea, o candidato deve ter boa saúde, no mínimo 18 anos de idade, além de portar o CPF e a identidade. Antes do procedimento, o doador preenche um formulário e, posteriormente, é coletado o sangue para descobrir o código genético”, esclarece a diretora do Hemoal, ao relembrar que o órgão é referência em Alagoas no tratamento de pacientes com doenças hematológicas e o único habilitado pelo Ministério da Saúde para fazer o cadastro de doadores.
Transplante – O procedimento consiste em uma pequena intervenção cirúrgica nos ossos da bacia – realizado em aproximadamente 90 minutos – onde é aspirada a medula óssea. Paralelamente, o receptor se submete a um tratamento que destrói a própria medula para receber a coletada do voluntário, como se fosse uma transfusão de sangue.
Essa nova medula óssea é rica em células chamadas progenitoras, que após mergulharem na corrente sanguínea circularão e irão se alojar na medula óssea, onde se desenvolverão.
Para obter mais informações, os voluntários podem se dirigir ao Hemoal, sempre de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados, das 8h ao meio dia, ou ainda podem ligar para os números 3315-2109/ 8853-1750 ou enviar um e-mail para hemoal@saude.al.gov.br.