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Esporte

Guarani e Vitória se equivalem e seguem desesperados

Guarani e Vitória lutam contra o Z4

Em partida burocrática e de baixo nível técnico – que ratifica as posições das equipes na tabela -, Guarani e Vitória empataram em 1 a 1 neste domingo, no Brinco de Ouro, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com gol olímpico de Geovane para o Alviverde, ambas as equipes seguem lutando contra o rebaixamento. O resultado foi pior, logicamente, para o Bugre, que jogava em casa. Júnior marcou para os baianos.

O jogo

O primeiro tempo começou sob muita tensão, de ambas as partes. Em se tratando se um confronto direto contra o rebaixamento, não poderia ser diferente. As equipes erravam muitos passes, demonstrando nervosismo e precipitação nos ataques.

O Bugre encontrava dificuldades na saida de bola, não conseguindo realizar adequadamente a transição defesa-ataque. Numa das poucas chances em que conseguiu, Mazola recebeu grande passe de Barbosa, mas demorou para chutar, e acabou dividindo com o goleiro Viáfara.

O detalhe é que as laterais do Bugre apresentavam grande contraste: enquanto Márcio Careca era muito acionado e errava passes, Apodi, em poucas participações, arrancava em velocidade e conseguia cruzamentos efetivos.

As defesas levaram vantagem sobre os ataques durante os primeiros 45 minutos, com destaque para os zagueiros Aislan, do time da casa, e Ânderson Martins, do Vitória, precisos nos desarmes. No entanto, a saída de bola e criação continuavam prejudicadas.

Aos 37 minutos, a melhor chance dos baianos com Júnior, que recebeu na área, se livrou de dois marcadores, mas, em vez de chutar, tentou driblar o goleiro Emerson, que foi mais esperto e fez a defesa.

Polêmica e baixas em campo

Na sequência, em lance polêmico, Neto Coruja derrubou Mazona na linha da área. Logo depois, Elkeson derrubou Apodi, desta vez dentro da área, em lance de pênalti indiscutível, mas o juiz Evandro Rogério Roman assinalou simulação do lateral bugrino, aplicando cartão amarelo.

Quando a partida se aproximava do intervalo, Antônio Lopes foi obrigado a mexer duas vezes no time baiano em virtude de lesões: Ramon deu lugar a Egídio aos 38 e Jonas saiu para a entrada de Thiago Martinelli sete minutos depois.

Domínio bugrino na etapa final

O segundo tempo começou com o Guarani partindo para cima, com Mazola, que desperdiçou duas boas oportunidades logo no primeiro minuto. Na primeira, méritos para o goleiro Viáfara, bem colocado. Na segunda, ele tinha a opção do cruzamento, mas tentou a finalização.

O Bugre manteve-se no ataque durante toda a primeira metade do segundo tempo, mas a defesa do Vitória se mostrava atenta na marcação. Aos 18 minutos, Vagner Mancini colocou o time ainda mais para cima, trocando Diego Barboza por Reinaldo.

Minutos depois, foi a vez de Paulinho sair para a entrada de Paulo Roberto, que, às vésperas da partida, havia soltado o verbo contra a diretoria do Bugre, dizendo que “é impossível jogar pensando que não recebeu”, fazendo menção ao atraso no pagamento dos salários dos atletas.

Percebendo a necessidade de seu time voltar ao ataque, Antônio Lopes trocou um atacante por outro: Adaílton entrou no lugar de Elkeson. A alteração surtiu efeito e fez brilhar a estrela do delegado: o atacante saiu do banco para abrir o placar, aos 33 minutos, completando cruzamento de Júnior.

Logo no lance seguinte, brilhou também a estrela de Vagner Mancini, pois Geovane, que havia entrado no Bugre no intervalo substituindo Douglas, marcou um gol olímpico após a bola sofrer um efeito incrível na cobrança do escanteio, igualando o marcador.

Emoção nos últimos minutos

A partida ganhou em emoção nos minutos finais. Após o gol, a torcida, que vaiava e já ameaçava abandonar o Brinco de Ouro, continuou no estádio e passou a apoiar o Guarani, vaiando sempre que os baianos tinham a posse de bola. O único que continuou sendo vaiado foi Paulo Roberto, parecendo ter-se tornado desafeto da torcida alviverde.

O Guarani seguiu pressionando, com lançamentos para a corrida de Geovane. Enquanto isso, as vitórias de Avaí e Atlético-GO, concorrentes diretos do Alviverde de Campinas, obrigavam o time da casa a conseguir a virada. Aos 46, em cobrança de falta, Aislan toca de cabeça para Reinaldo, que manda para o gol, mas i impedimento é marcado. No fim, o resultado se manteve.

FICHA TÉCNICA
GUARANI 1X1 VITÓRIA

Estádio: Brinco de Ouro da Princesa, Campinas (SP)
Data/hora: 14/11/2010 às 17h (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Bruno Boscilia (PR)
Renda/público: R$30.952,00 / 6.051 pagantes
Cartões amarelos: Douglas, Apodi, Preto (GUA); Ramon, Neto Coruja, Gabriel Paulista, Viáfara, Bida (VIT)
Cartões vermelhos: –
Gols: Adaílton 33’/2°T (0-1), Geovane 34’/2°T (1-1)

GUARANI: Emerson, Apodi, Aislan, Ailson e Márcio Careca; Maicon, Diego Barboza (Reinaldo, 18’/2°T), Paulinho (Paulo Roberto, 24’/2°T), Preto; Douglas e Mazola. Técnico: Vagner Mancini.

VITÓRIA: Viáfara, Rafael Cruz, Gabriel Paulista, Ânderson Martins e Jonas (Thiago Martinelli, 45’/1°T); Neto Coruja, Welliton, Bida e Ramon (Egídio, 38’/1°T); Júnior e Elkeson (Adaílton, 27’/2°T). Técnico: Antônio Lopes.