Grupo apresenta a força da música regional
Poesias e um pandeiro, uma mistura que deu certo para Rogério Dias e Fagner Dubrown. Essa nova forma de expressão cultural já ficou conhecida nos quatro cantos do Brasil com a sua Poesia Musicada.
A dupla, que virou grupo, dá voz a poesia de Jorge de Lima, Fernando Pessoa, embalada ao som de um instrumento, consolida mais uma forma de expressão cultural em Alagoas. Todos esses artistas estarão reunidos no show ‘Minhas Alagoas São Outras’, que acontece nesta sexta-feira (20), às 20h30, no Teatro de Arena. Ingressos estão sendo vendidos à R$ 10, na bilheteria do teatro.
A história é simples. Rogério Dias, o poeta, já declamava poesias nos eventos pela cidade, num desses, o amigo Fagner tinha acabado de comprar um pandeiro numa feira popular em Salvador. Pronto, foi o bastante para, de improviso, misturar música, poesia e teatro.
Esse feito inédito deu tão certo que a dupla foi convidada a se apresentar em outros lugares – feiras, hotéis, eventos culturais. Eles passaram por Paraíba, Campina Grande e João Pessoa, Caruaru, Rio de Janeiro indo até a terra da Garoa.
“O poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sentes” a poesia de Fernando Pessoa, ganha versão musicada nas batidas graves do pandeiro. Segundo o cantador, a poesia Autopsicografia, é a mais pedida do público. “É lindo ver as pessoas acompanhando os versos ritmados”, conta Rogério.
O sucesso foi tanto que o pobre instrumento precisou de reforços. Atualmente fazem parte do grupo Théo Batera, na zabumba; Gustavo Rolo, no triângulo e violão de sete cordas; Thiago Franja, no contrabaixo. O show ainda vai contar com a participação especial de Miran Abs na flauta transversal, além da dançarina Andréia Carvalho.
‘Minhas Alagoas São Outras’ leva ao palco a mistura de toada, coco-de-roda e poesia. No repertório, Nega Fulô, de Jorge de Lima; Dona Mariquinha, do mestre Verdelinho; Balanço da Canoa, de Jacinto Silva; além das composições do próprio Rogério Dias, entre elas, Danada e Você me atenta que só o cão, Falando da vida e Forró da saudade.