Uma comitiva com dez gestores públicos da província da Huíla, no sul de Angola, irá visitar, na próxima quinta-feira (11), dois projetos de inclusão social desenvolvidos por meio do Arranjo Produtivo Local da Piscicultura, nos municípios de Delmiro Gouveia e Piranhas. O APL faz parte do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) que tem gestão conjunta da Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e do Sebrae-AL.
O grupo está em visita ao Brasil e, além de Alagoas, irá conhecer alguns projetos sociais desenvolvidos nos estados do Rio de Janeiro, Sergipe e Bahia. O objetivo é estreitar a relação com o governo brasileiro e conhecer as experiências bem sucedidas, principalmente as que tratam da melhoria da qualidade de vida da população pobre, a partir do acesso à água, às novas tecnologias de beneficiamento da mandioca e criação de peixes em cativeiro, para aproveitamento das capacidades e energias locais.
Em Alagoas, a comitiva irá conhecer dois projetos importantes: Piscicultura em Tanques-Rede, da Associação de Pescadores Artesanais e Piscicultores do povoado Salgado, no município de Delmiro Gouveia, e o Artesanato em Couro de Peixes, da Associação de Artesãos de Couro de Tilápia, em Piranhas. Ambos integram o APL da Piscicultura no Delta do São Francisco.
Segundo o gestor do APL, Miguel Alencar, Angola tem tradição no cultivo de tilápia e a troca de experiências será relevante para as ações desenvolvidas pelo Arranjo. “Esse contato é o primeiro de uma série, e não deixa de ser um reconhecimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido junto ao APL”, destacou.
O grupo quer apresentar para os angolanos que na região Semiárida do Brasil existe uma rede de articulação para o desenvolvimento local, composta por mais de 700 organizações da sociedade civil, além de programas como o PAPL, focado na articulação de diversos municípios em torno de experiências com perspectivas semelhantes de produção, gestão coletiva e comercialização.