Nos primeiros meses de 2012, o Governo de Alagoas dará início às obras do Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca. Para a construção do Polo serão investidos R$ 2,5 milhões, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), além da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI).
O Polo irá oferecer infraestrutura laboratorial para o desenvolvimento de produtos derivados e análise de qualidade e certificação na cadeia produtiva da mandiocultura e hortifruticultura.
A construção do Polo, que ficará localizado em uma área de 2.659,23 m², na Zona Rural de Arapiraca, irá beneficiar os pequenos produtores rurais da região. A consolidação desse projeto está cada vez mais perto, já que, no dia 29 de dezembro, ocorreu a assinatura do contrato pela Plataforma Engenharia, construtora vencedora do processo de licitação. O próximo passo será a assinatura da Ordem de Serviço para que as obras possam ser iniciadas.
O secretário Eduardo Setton destaca que o Polo Agroalimentar também terá o papel de desenvolver e transferir tecnologia para os setores produtivos locais, em especial aos segmentos da mandiocultura e hortifruticultura, contribuindo com a sustentabilidade socioeconômica do Agreste alagoano. “Com o Polo Tecnológico acreditamos num maior fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), tornando-os mais competitivos”, enfatiza o secretário.
Além do impacto citado pelo secretário, a implantação de um polo tecnológico irá facilitar a transferência de conhecimento e técnicas desenvolvidas nos centros de pesquisa para o produtor. Para isso, o Polo Tecnológico Agralimentar de Arapiraca terá o apoio dos pesquisadores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), além de outros centros de pesquisa. O projeto também conta com a parceria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Sebrae, Prefeitura de Arapiraca, entre outros.
Para o superintendente da Secti, Geraldo de Oliveira, hoje somente somente é possível desenvolver ou inovar se houver articulação entre pesquisa e produção, e “isso é essencial para que novos produtos e processos sejam criados”. “No caso do Polo de Arapiraca, ocorre integração entre o público [Governo do Estado], o privado [produtores] e a academia [Uneal e Ufal], um processo focado nos Arranjos Produtivos Locais de destaque na região”, complementa Geraldo.
Os produtores rurais e pesquisadores da região contarão com uma estrutura eficaz para suprir as necessidades deles. O Polo Agroalimentar de Arapiraca terá núcleos de certificação e de processamento de alimentos, laboratórios de físico-química e de bromatologia, cozinha semi-industrial e uma unidade de processamento da mandioca.