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Negócios/Economia

Governo reestrutura assistência técnica rural

Orientação técnica melhora produtividade no campo

Com a retomada das ações de assistência técnica e extensão rural (Ater) pelo governo do Estado, foram realizados convênios com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Em julho de 2010, mais de 100 novos técnicos selecionados na condição de bolsistas e capacitados foram para o campo prestar orientação aos agricultores familiares.

São profissionais de diversas profissões, entre elas: Administrador, Advogado, Arquiteto, Assistente Social, Contador, Engenheiro Ambiental, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Alimentos, Engenheiro Civil, Engenheiro Florestal, Engenheiro de Pesca, Economista, Médico Veterinário, Nutricionista, Psicólogo Organizacional, Tecnólogo em Cooperativismo, Zootecnista, Técnico em Agropecuária e Técnico em Edificações. Em dezembro de 2010, outros 199 profissionais foram selecionados, com recursos do próprio Estado, para se somar aos que já estão no campo. Eles serão capacitados em janeiro para em seguida serem encaminhados a todas as regiões de Alagoas.

“A equipe é multidisciplinar para que se ofereça aos agricultores um atendimento completo, com foco em manejo, plantio, segurança, alimentação saudável, gestão da propriedade, entre outros assuntos”, explicou a superintendente de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural da Seagri, Rita de Cássia.

Pesquisa oferece diversificação produtiva

A pesquisa agropecuária em Alagoas também foi reestruturada nos últimos quatro anos e agora repassa novas tecnologias aos agricultores familiares, por meio de atividades como dias de campo e da extensão rural. Os principais trabalhos avaliam o girassol, a mandioca, o gergelim, a pinha, a palma forrageira, o sorgo forrageiro, o algodão e o feijão.

“O fortalecimento da pesquisa é essencial para que Alagoas consolide produtos agrícolas com qualidade e ofereça às famílias do campo variedades para o cultivo de acordo com as particularidades de cada região, respeitando as condições de clima, solo e vocação de cada lugar”, frisou o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Rural da Seagri, o engenheiro agrônomo Josival Almeida.

Em 2010, mais de R$ 5 milhões foram liberados para a pesquisa agropecuária no Estado, devido à inclusão de Alagoas no Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC).

Sementes e incentivos incrementam safra

Em 2010, cerca de 70 mil famílias foram beneficiadas com a distribuição de sementes, por meio do Programa de Sementes, vinculado ao Alagoas Mais Alimentos. Um edital público cadastrou as entidades interessadas em receber o produto.

Mil toneladas de sementes de feijão, algodão, milho, sorgo, mamona e arroz foram distribuídas aos agricultores de todos os 102 municípios. Para isso, foram investidos R$ 7,7 milhões.

Outra ação executada em 2010 foi o fortalecimento e criação de 600 bancos comunitários de sementes e implantação de 150 bancos de ferramentas. “Essa ação fortalece o trabalho dos agricultores familiares, além de reduzir os custos de produção e dar a eles mais autonomia”, salientou a superintendente Inês Pacheco, de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Seagri.

Em 2009, agricultores familiares de Alagoas comemoraram a maior safra até hoje produzida no Estado. Os resultados foram obtidos graças ao preço obtido com a venda da farinha de mandioca e do feijão para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por solicitação e intermédio do governo do Estado, o órgão federal adquiriu toda a produção local, estocando-a em armazéns de seis polos instalados no Sertão, Agreste e Zona da Mata.