De acordo com o secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, o governador Teotônio Vilela Filho não vai mais aumentar o valor do reajuste salarial oferecido a todos os funcionários públicos do Estado de Alagoas. Em abril, o governo ofereceu 5,91 % de reajuste, divididos em duas parcelas, agora, ele oferece 7%, pagos também em duas parcelas, sendo a primeira agora em maio e a segunda somente em novembro.
Ainda de acordo com o secretário, todas as categorias já foram informadas sobre a proposta e que essa nova oferta encerra as negociações a respeito do reajuste salarial. No entanto, várias categorias já se pronunciaram a respeito do novo reajuste e declaram que a proposta é insuficiente para as reais necessidades do funcionalismo público estadual e por isso não contribui para que as manifestações cheguem ao fim.
Para o diretor do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), José Edeilton, a classe reivindica um reajuste salarial de 60% do que ganha um delegado. Segundo ele, esse valor de 7% passa despercebido por toda a classe, como se não tivesse sido oferecido. Já os servidores da educação reivindicam um reajuste de 25% para o magistério e de 17% para a educação básica.
Os policiais civis vão debater a proposta de 7%, na próxima quinta-feira, 19, em assembléia com os membros da classe. Na ocasião a proposta será posta em votação e caso seja rejeitada, a greve será mantida.
Para o presidente da Associação dos Oficiais (Assomal), o major Wellington Fragoso, a categoria só vai aceitar a proposta se ela for paga integralmente em maio e se o governo der garantias de que não punirá os policiais que participaram da manifestação na frente do prédio da Assembléia Legislativa de Alagoas, além do cumprimento da promesa de gratificar o oficial que apreender armas e drogas.