Realizados nos últimos dois anos, nove leilões arrecadaram cerca de R$ 80 bilhões – destes, R$ 50 bi em verbas para o saneamento básico no Brasil. Essas iniciativas só foram possíveis com o novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, que trouxe a iniciativa privada como parceira do governo federal para acelerar o acesso à água potável e ao serviço de esgoto no país, explicou nesta quinta-feira (9), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira.
“Antes do novo marco regulatório, se falava muito do problema do saneamento. São 100 milhões de pessoas sem saneamento de esgoto; 35 milhões sem abastecimento de água e três mil lixões a céu aberto”, afirmou o ministro.
De acordo com Daniel Ferreira, o valor arrecadado pelos leilões equivale a 10 vezes a verba anual destinada ao saneamento básico por todos os entes federativos, que é de R$ 4,5 bilhões. “Quando concluídas, essas obras beneficiarão 20 milhões de pessoas, ou seja, 15% do problema que citei antes. Em dois anos desse novo marco, já temos o suficiente para sanar o problema de 15% dos brasileiros”, salientou.
Sobre as recentes tragédias decorrentes de desastres naturais no país, o ministro afirmou que o MDR recebeu cerca de R$ 1 bilhão em créditos extraordinários para financiar ações de resposta e reconstrução em todas as áreas atingidas por grandes chuvas ou estiagens, no caso do Rio Grande do Sul. “Passamos pela maior seca dos últimos 91 anos. Depois disso, enfrentamos chuvas que historicamente acontecem pouco. O Brasil é um país heterogêneo”, explicou.