
Sementes dinamizam agricultura no interior alagoano
As entidades interessadas na implantação de bancos comunitários de sementes têm até o dia 15 de junho para acessar o site da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), conferir o edital e entregar suas propostas. O endereço eletrônico é o www.agricultura.al.gov.br.
As propostas devem ser entregues na sede da Seagri, na rua Cincinato Pinto, no Centro de Maceió, no horário das 9h às 14h. As entidades que forem credenciadas vão desenvolver atividades de organização e capacitação técnica para a produção, seleção, armazenamento e gestão comunitária de 600 bancos de sementes.
Podem participar associações rurais, federações, cooperativas de produção ou cooperativas de crédito e sindicatos de trabalhadores rurais. Com a implantação dos 600 bancos comunitários de sementes, a expectativa é que sejam beneficiadas 45 mil famílias de agricultores familiares.
“Além de sementes, os agricultores de baixa renda inseridos nos territórios do Alto Sertão, Médio Sertão, Bacia Leiteira, Agreste e Baixo São Francisco, terão acesso a máquinas e ferramentas para o cultivo da lavoura”, citou Inês Pacheco, superintendente de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Seagri.
Entre os objetivos dos bancos comunitários de sementes, segundo Inês Pacheco, estão: promover a autonomia produtiva, reduzindo a dependência de políticas governamentais; fortalecer institucionalmente as associações comunitárias rurais; e agregar valor à produção de milho e feijão da agricultura.
Os bancos de sementes – A tecnologia de armazenamento de sementes em Bancos Comunitários é utilizada há décadas pelos agricultores familiares do sertão nordestino.
Em Alagoas, essa tecnologia social é utilizada por organizações de representação de agricultores, como associações comunitárias. No entanto, o domínio por completo de todos os aspectos dessa alternativa de armazenamento e conservação de sementes só é usado por algumas poucas entidades, em razão da limitação de recursos.
“Além do benefício direto para os agricultores familiares, a estruturação desses bancos de sementes e ferramentas representa maior eficiência na utilização dos recursos públicos do Estado”, lembrou Inês Pacheco.
“Por ser uma tecnologia surgida do conhecimento secular dos agricultores e que hoje se revela fundamental para manter o ciclo de plantio e colheita anual de milho e feijão, com menor custo para a sociedade, este processo de formação teórico-prático contribuirá fundamentalmente para resgate e ampliação dessa tecnologia, a partir da experiência dos próprios agricultores”, finalizou a superintendente.