
Monitores do barco-escola levam estudantes a passeios pelas lagoas, mostrando situações de degradação e orientando para a preservação
Com intuito de tornar as ações de monitoramento da Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Rita mais eficientes, o Governo do Estado priorizou a construção de uma unidade descentralizada do Instituto do Meio Ambiente (IMA) às margens do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (Celmm).
Desde setembro do ano passado, o IMA passou a manter um posto avançado da Diretoria de Unidades de Conservação (Diruc) dentro da APA mais urbana de Alagoas, o que tornou as ações de fiscalização mais eficientes e velozes.
“É de vital importância esta unidade descentralizada. Muitas vezes, nossas ações de fiscalização e monitoramento ficaram prejudicadas por conta da distância entre nossa central, em Maceió, e as unidades de conservação”, salientou o diretor-presidente do IMA, Adriano Augusto de Araújo Jorge.
Navegando com o Meio Ambiente
A partir da inauguração da unidade descentralizada, outros projetos nasceram e fortaleceram as ações do IMA na APA e no entorno dela. O projeto Navegando com o Meio Ambiente tem levado sistematicamente alunos de escolas da rede pública a aulas a bordo de um barco-escola pelo complexo lagunar. Durante o passeio, a tripulação conhece de perto a fauna, a flora, as riquezas culturais e o processo de degradação pelo qual as lagoas vêm passando ao longo dos últimos anos.
O projeto do barco-escola nasceu de uma parceria com a Braskem, em que o catamarã com capacidade para 50 pessoas foi construído. “O projeto consiste em levar crianças a um passeio nas lagoas, mostrando nossas belezas, mas ensinando como preservá-las”, explicou Adriano Augusto.
A educação ambiental, segundo reforçou o diretor-presidente do IMA, é um dos trabalhos mais importantes desenvolvidos pelo órgão. A partir dele, é possível unir o instrumento de aprendizagem com a integração da comunidade e a disseminação de práticas de preservação ambiental.
“Queremos que as pessoas interajam, proponham soluções e discutam os problemas socioambientais que atingem o complexo lagunar. Conscientizar as pessoas, sejam elas estudantes, pescadores ou qualquer outro é passo precioso e fundamental para atingirmos o propósito de preservação deste estuário”, afirmou.
Desde a inauguração, em setembro do ano passado, dezenas de aulas foram realizadas no Barco-escola. Estudantes de escolas públicas, universitários, pescadores, integrantes da Associação de Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), foram alguns dos grupos que participaram das aulas ministradas pelas equipes multidisciplinares do IMA.