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Alagoas

Estado apresenta ações ressocializadoras para universitários

Acadêmicos de Direito ficam surpresos com boas práticas adotadas pela gestão prisional

“Saber que existe um trabalho com essa efetividade, com resultados positivo, é gratificante. Verificamos que o sistema de ressocialização está funcionando”, destacou a coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário Tiradentes (Unit), Carol Mafra. Essa opinião prevaleceu entre os cinquenta alunos da instituição que estiveram no complexo penitenciário nesta segunda-feira (15), para conhecer as ações ressocializadoras.

“Eu ainda estou no primeiro período e não vi muita coisa do Direito, mas é muito importante estar aqui hoje, pois a gente estuda, vê a realidade, vê as pessoas, o ambiente e conhece como os projetos funcionam”, declarou a estudante Allycia Guimarães durante a visita. Atentos, os acadêmicos fizeram questionamentos sobre os projetos e a efetivação da política desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Roberto Siqueira, reeducando que trabalha na horta, dialogou com os estudantes e respondeu questionamentos. Para ele, ingressar no Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) e trabalhar na horta do complexo penitenciário representa uma grande mudança de vida. “A melhor coisa que nos aconteceu foi o Núcleo. A gente trabalha, estuda, ganha remição da pena e remuneração. Aqui, a perspectiva de vida é outra;é para melhorar”, relatou o interno.

“Em cada lugar aprendi uma profissão. Além disso, já fiz mais de quinze cursos profissionalizantes e conclui o ensino fundamental e médio aqui dentro. Hoje eu tenho outra visão”, testemunhou Roberto Siqueira. Após conhecer o NRC, unidade referência pelo baixo índice de reincidência criminal (-5%), e saber que mais de 70% dos internos voltam a delinquir na maioria dos presídios do país, o aluno Adeilton Mafra falou sobre os efeitos da humanização das penas.

“Independente do ramo do Direito que você siga, é preciso acolher essas pessoas. Existe um estereótipo muito negativo daqui. Mas, conhecendo as unidades penitenciárias e vendo esse lado humano, tive novas experiências para vida pessoal e acadêmica”, afirmou o Adeilton.

Além da Horta e NRC, a comitiva esteve nas Centrais de Telepresença e Monitoramento Eletrônico de Presos, Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia e Oficinas da Fábrica de Esperança.

Conhecimento no Cárcere

Em abril, cerca de setenta alunos do Centro Universitário Tiradentes realizaram uma visita in loco nos presídios. A adesão da sociedade nas iniciativas do Governo do Estado fortalece e garante mais controle da administração pública. Intitulado ‘Aprendendo na Prática’, a iniciativa da Assessoria de Comunicação da Seris amplia o aprendizado dos alunos, quebra mitos que circulam no âmbito social, além de promover a ressocialização dentro e fora do cárcere.

Compromisso do Governo

“A visita técnica é muito importante para que os alunos, assim como qualquer cidadão, conheçam como funciona o complexo prisional; esse sistema de ressocialização. Quando eu comecei a atuar na docência, eu trazia meus alunos, mas ainda não existia esse trabalho. Essas visitas mostram a importância da ação do Estado. Ouvir o reeducando, mostrando sua rotina de trabalho e estudo é gratificante”, frisou a coordenadora do Curso de Direito, Carol Mafra.

O secretário da Ressocialização, tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas, destacou a transparência desta gestão e integração com os atores sociais, um compromisso assumido pelo governador Renan Filho.

“Essa visita é de suma importância para nós que fazemos a gestão executiva e também para os senhores, futuros profissionais. Quando a pessoa vem para cá, ela continua como protagonista de unidades de Direito e deve ter sua dignidade preservada.”, finalizou.