Governo alegou não ter condições de conceder reajuste imediato
Dirigentes de entidades que representam a Polícia Militar de Alagoas saíram frustrados do encontro para discutir reajuste salarial realizado nesta terça, 24, com membros do governo estadual. De acordo com informações divulgadas pela assessoria da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), o Estado alegou não ter condições de atender a reivindicação de imediato.
Ainda segundo a ASSMAL, o governo alegou que o reajuste causa impacto financeiro de R$ 13 milhões na folha. “Além disso, os 6,5% do IPCA, mais o ganho real que será por volta de 1%, não poderá ser pago na folha do mês de abril, como também o aumento para o soldado que ficou no valor de R$ 2.156 pois eles têm que ser aprovados na Assembleia Legislativa”, descreve o texto da assessoria.
“A categoria está à espera de uma resposta definitiva acerca dos seus vencimentos. Necessitamos de uma definição por parte do Governo, pois a tropa anda muito apreensiva em se tratando do reajuste salarial. Ninguém aguenta mais essa falta de compromisso com os militares”, disse em tom de desabafo o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS/AL), cabo PM José Soares.
Segundo a assessora de relações sindicais, Rafaela Soares, o aumento de 6,5% mais a indefinição quanto ao ganho real para todos os servidores públicos implicam na falta de pagamento do reajuste para este mês, ficando provavelmente para maio, saindo como retroativo ao mês de abril.
A assessora de relações sindicais informou ainda que o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Izac Jackson, e o secretário estadual de Gestão Pública, Alexandre Lages, discutem o valor do ganho real a ser aplicado para todo os servidores. “As negociações ainda estão em andamento. Será encaminhado para ALE um projeto único contendo o IPCA mais ganho real dos servidores estaduais. O valor poderá sair em folha suplementar retroativo ao mês de abril”, disse Rafaela.
Apenas 2% do resíduo
Na folha de pagamento do mês de abril, os militares receberão apenas os 2% do resíduo, percentual que se refere aos 7%, que foi dividido em três vezes pelo governo que deverá apresentar uma contraproposta na próxima reunião com as entidades, encontro marcado para 15 de maio, às 10 horas.
“As associações estão abertas a negociações. O que queremos ouvir é que irão trabalhar e fazer o levantamento do impacto apresentando uma proposta concreta. A nossa proposta inicial é do piso de coronel ser de R$ 18 mil até 2014 com escalonamento para demais categoria”, declarou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida.
