Com o foco no desenvolvimento do pequeno negócio, o Governo do Estado estuda a criação de um programa amplo de inclusão produtiva em Alagoas, que englobaria os Arranjos Produtivos Locais (APLs), as cadeias produtivas, o Programa da Avicultura Familiar (PAF), entre outros. O assunto foi tratado durante reunião realizada nesta sexta-feira (02), entre as Secretarias de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Ciência e Tecnologia (Secti), a Desenvolve (Agência de Fomento de Alagoas) e o Sebrae/AL.
O encontro também teve como objetivo discutir o andamento e os resultados obtidos pelos 13 APLs de Alagoas, coordenados pela Seplande e pelo Sebrae/AL.
“O Estado está voltado para o fortalecimento da pequena iniciativa e debruçado para encontrar soluções para que possamos avançar e alcançar melhores resultados”, pontuou o secretário do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.
O artesanato e o programa da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) também estariam inseridos no novo programa, que deve ser desenvolvido e executado em parceria com o Sebrae. A assistência técnica, infraestrutura, governança, qualificação, inovação e acesso ao crédito devem ser os itens observados para que o programa obtenha êxito.
Em relação ao desenvolvimento Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), foram destacadas questões como o fortalecimento da gestão e o foco empresarial das associações e cooperativas alagoanas. Nesse sentido, o superintendente do Sebrae em Alagoas, Marcos Vieira, reforçou a necessidade de reposicionar e estreitar parcerias para que se obtenha maiores avanços.
O diretor da Desenvolve, Fábio Leão, discorreu sobre a possibilidade da Agência de Fomento atuar na questão empresarial. “A ideia seria disponibilizar um aluno da Universidade para desempenhar o papel de agente de negócios, que vai interagir diretamente com cooperativas”, explicou. Já no que diz respeito à gestão, o secretário da Ciência e Tecnologia, Eduardo Setton, sugeriu a criação de um centro de gestão para os Arranjos, que devem atuar como empresas.
Sobre a ampliação de alguns Arranjos, a diretora de APLs e Cadeias Produtivas da Seplande, Flaviana Rosa, destacou a produção de diversas frutas na região do Agreste alagoano, onde já é reconhecido o Arranjo da Pinha. Segundo ela, mais de 300 agricultores produzem cerca de 900 toneladas de castanha por ano e ainda há a produção expressiva de banana, graviola, maracujá e umbu-cajá só no município de Palmeira dos Índios.
A importância dada pela atual gestão do Governo para o PAPL é um dos fatores que permitem o crescimento do Programa de acordo com o coordenador do Sebrae, Ronaldo Moraes. “Mesmo com todos os desafios enfrentados, temos garantido bons resultados”, finalizou.
Cadeias produtivas
As Cadeias Produtivas da Química e do Plástico (CPQP) e do Leite e Derivados (CPLD) têm apresentado avanços significativos segundo o secretário Luiz Otavio Gomes. A prioridade agora deve ser dada à Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções (CPTC), que já foi beneficiada com a garantia de 1.200 máquinas de costura a mulheres alagoanas, através de recursos de R$ 3 milhões do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep).
Avaliação
No dia 12 deste mês, a Seplande, em parceria com o Sebrae, irá apresentar uma avaliação dos 13 APLs de Alagoas bem como a estruturação inicial de um plano de quatro anos para o programa de inclusão produtiva, que vai tratar dos custos, fontes de financiamento, gestão organizacional, entre outras questões.
