A mandiocultura é uma das apostas do Governo de Alagoas para alavancar o agronegócio em 2011. Através do Arranjo Produtivo Local Mandioca no Agreste (APL), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e pelo Sebrae Alagoas, serão realizados o XIV Congresso Brasileiro de Mandioca e a 1ª Feira Nacional da Mandioca, que contribuirá para a consolidação da atividade no Estado.
Os dois eventos ocorrem, de forma paralela, no período de 16 a 19 de novembro, no Centro Cultural e de Exposições de Maceió, e devem contar com a participação de mais de cinco mil pessoas. Durante o dia, painéis, mesas redondas, apresentação de projetos, e palestras ministradas por pesquisadores internacionais compõem a programação do Congresso. Já no período da noite, ocorre a feira que disponibiliza stands com produtos e equipamentos à venda, bem como oficinas e palestras direcionadas aos produtores.
Durante reunião realizada na semana passada, no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, foram discutidas a proposta de realização dos eventos e algumas questões relacionadas ao cultivo da mandioca. Na ocasião, o governador Teotonio Vilela, acompanhado pela deputada estadual Célia Rocha e pelo secretário da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, pediu apoio para a viabilização das atividades ao ministro Afonso Florence.
“Conseguimos sensibilizar o MDA e o Governo para que disponibilizem recursos para a realização das ações. Ao total, o Congresso deve custar cerca de R$ 800 mil, e a Feira, R$ 400 mil. O Sebrae Nacional já prometeu injetar R$ 200 mil, que serão divididos igualmente para os dois eventos”, afirma o gestor do APL Mandioca, Nelson Vieira.
Para o gestor, os eventos devem revolucionar a produção da mandioca em Alagoas. Ele acredita que a variedade de produtos disponíveis na Feira e as inovações trazidas por pesquisadores internacionais, quando postas em prática, irão ampliar e modernizar a mandiocultura alagoana.
Ainda segundo Nelson Vieira, o MDA irá financiar a participação de 50 produtores, por dia, de cada um dos 14 municípios que compõem o APL.
“Na Feira, haverá o espaço da agricultura familiar, onde serão vendidos produtos de algumas associações ligadas ao APL. Por isso, podemos dizer que, além de aprender, os produtores vão obter lucros”, completa.
O XIV Congresso Brasileiro de Mandioca e a 1ª Feira Nacional da Mandioca serão promovidos pela Sociedade Brasileira de Mandioca e da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), com apoio do Governo de Alagoas, do Sebrae Alagoas, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Embrapa.
Para se inscrever ou obter mais informações sobre a programação, acesse o site www.mandioca2011.com.br.
Reativação da fecularia
Ainda em Brasília, durante a 21ª reunião da Câmara Setorial Nacional da Mandioca, foi tratado o tema sobre a reativação da fecularia em Alagoas. “A atração de indústrias de produtos a base da fécula da mandioca para o Estado seria um dos maiores benefícios a partir do funcionamento da fecularia. O Governo está sensibilizado e se comprometeu a fazer de tudo para que essa reativação aconteça. Vale ressaltar que a fécula é capaz de disponibilizar cerca de 1.300 produtos”, finaliza o gestor Nelson Vieira.
Mais ações do APL
Do dia 28 de março a 1º de abril, vinte merendeiras do município de Igaci vão participar de uma capacitação sobre a utilização da mandioca na alimentação humana.
Com consultoria do Sebrae, as merendeiras das comunidades rurais vão aprender a produzir diversos tipos de alimentos a partir da macaxeira e da mandioca- como biscoitos, bolos e sequilhos- para escolas da rede municipal.