O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cumprirá em abril a meta de R$ 18 bilhões de superávit primário para os quatro primeiros meses do ano, sem recorrer a um mecanismo que permite o abatimento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A afirmação foi feita nesta quinta-feira (29), pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
O secretário informou que as receitas em abril serão suficientes para compensar o déficit registrado em março. “A entrada de recursos em caixa em abril será mais forte, mesmo porque há concentração de receitas do Imposto de Renda.”
Em março, o governo central apresentou déficit primário de R$ 4,6 bilhões, o pior resultado desde setembro do ano passado. Segundo o Tesouro Nacional, esse resultado foi provocado pelo pagamento de R$ 6,8 bilhões em sentenças judiciais no mês passado.
De acordo com Augustin, a concentração desses pagamentos foi atípica e decorreu da necessidade de o governo atrasar os precatórios para evitar o crescimento nos gastos no início do ano. O secretário assegurou que não haverá mais pagamento de sentenças em volumes expressivos neste ano.