×

Alagoas

Governador de Alagoas expulsa delegado da PC acusado de furtar cheques

Haroldo Lucca teria depositado os cheques que somam mais de R$ 1 milhão em contas de terceiros

O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) atendendo ao pedido da Polícia Civil, contido em resolução do Conselho Superior de Polícia Civil (Consupoc) que, por unanimidade de votos, acompanhou o parecer do delegado-geral Carlos Reis, que à época, foi o relator do caso junto ao referido colegiado, e expulsa o delegado Haroldo Lucca Gonçales.

O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (5), por meio do decreto nº 30.323, que traz a demissão do delegado Haroldo Lucca, acusado de peculato e formação de quadrilha, após furtar cheques que haviam sido apreendidos em uma operação policial e que estavam sob a sua guarda.

Decisão final

Como cabe ao governador a decisão final sobre a demissão de servidor público, o Conselho enviou o caso à apreciação do chefe do Executivo, que em reunião realizada em 26 de novembro passado, ocasião em que foi analisado parecer da Corregedoria de Polícia Civil que acusou o delegado de “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função policial e praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a dignidade da função policial”.

Operação Espectro

De acordo com o processo disciplinar, na época dos fatos (abril de 2012) Haroldo Lucca era titular da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública (Decotap).

A operação Espectro apreendeu dinheiro em espécie e em cheques no valor total de R$ 4.250.370,86, que ficaram sob a guarda da citada delegacia.

As investigações posteriores demonstram que mais de R$ 1 milhão, em cheques, teriam desaparecido da delegacia, ficando depois constatado que tais cheques foram indevidamente descontados para a aquisição de bens (imóveis). Os referidos também foram depositados em contas de terceiros.

Haroldo Lucca chegou a ter prisão decretada, sendo liberado, meses depois, por decisão judicial. Atualmente, responde a processo na Justiça.