Guilherme Kuromoto com o troféu de campeão italiano
A vida de quem resolve apostar na carreira de atleta pode passar por altos e baixos. Muitos desistem no meio do caminho e seguem a vida em novas áreas, outros, além da habilidade com a bola nos pés, contam com a sorte para virar jogador. Foi o caso do goleiro Guilherme Kuromoto, brasileiro naturalizado italiano que fez história atuando no país europeu.
Antes de apostar na Itália, Guilherme iniciou no futsal no Paraná, descobrindo a posição ideal por conta de um pequeno 'acidente'. Foi como goleiro que Guilherme chegou a disputar a Liga Futsal, no ano de 2003.
“Minha carreira no futsal começa em Londrina. Jogava na linha e por um campeonato que iríamos disputar acabei jogando no gol, pois nosso goleiro estava machucado. Jogava na AABB e tive a oportunidade de fazer parte do time Londrina/AABB Dal Ponte (PR) que disputou a Liga Nacional em 2003”, explica Kuromoto.
Apesar da boa visibilidade no início, Guilherme resolve pendurar os tênis e ingressar na faculdade. Acabou cursando sete meses de fisioterapia, mas o talento para o futsal falou mais alto, chamando a atenção de outras pessoas.
“Quando já estava estudando me chamaram pra fazer um jogo onde estaria um procurador assistindo. Fui bem, e acabei embarcando para a Itália logo em seguida. Joguei no Cinecitta – Série B e A2 -, Spoleto – Série A2 -, Marca Trevigiana, Montesilvano, Arzignano, Cagliari, Rieti e Marca Futsal – todos os últimos participantes da Série A”, revela.
Realização na 'Velha Bota
Com currículo extenso e uma vasta história jogando em terreno italiano, Guilherme começou a colecionar troféus e conquistas pessoais. Chegou a defender a 'Azzurra', em competições de base e na categoria adulto, mas acabou ficando de fora da Copa do Mundo em 2008, realizada no Brasil.
“Consegui bastante coisa e alguns títulos na minha carreira. Joguei pela Seleção Under-21 (Sub-21) por quase 2 anos, entre 2005 e 2007. Fizemos alguns amistosos internacionais e um torneio na Rússia, onde ficamos em terceiro lugar. Tive também algumas convocações para a Seleção principal, onde pude participar de amistosos internacionais também”, diz.
Sobre o decorrer dos jogos em cada país, Guilherme avalia que brasileiros e italianos apostam em estilos diferentes. Para ele, os técnicos no Brasil pedem mais velocidade na partida, enquanto que na Itália outro fator é mais determinante em quadra. Guilherme também destaca as diferenças nas atuações de goleiros em cada país.
“O Jogo no Brasil é muito mais rápido que o italiano. No futsal da Itália, a força física conta muito para o jogador. No caso dos goleiros, não vejo muita diferença, apesar que na Itália se usa muito os pés. Mas hoje em dia os goleiros brasileiros têm treinado bastante esse fundamento” pontua.
Sobre a nova safra, que faz parte deste momento de renovação da Seleção Brasileira, Guilherme elogia um em especial: “gosto muito do Guitta, jovem e com muita qualidade”.
Entre aspas
“Este foi o meu último ano na Itália, a partir de agora estarei indo para o Japão, em uma nova experiência de vida e de trabalho. Conto muito com o apoio da família e gostaria de agradecer especialmente a minha esposa, Letícia Kuromoto”.
