Julio Cesar segundos antes da defesa mais importante da partida no Mineirão
Tudo bem que ele veste camisa número 12. Uma questão de numeração oficial da relação enviada à FIFA. Mas o que Julio Cesar fez no Mineirão esteve à altura dos melhores goleiros da história da Seleção Brasileira.
Ele honrou a camisa 1 do Brasil, aquela que fica com o jogador debaixo da trave, na posição mais difícil do futebol.
Julio Cesar já queria ter defendido um pênalti antes. Foi no jogo contra a Itália, quando chegou a reclamar do juiz a marcação de falta contra o seu próprio time – na sequência do lance, a bola tinha entrado no segundo gol italiano.
– Era a chance de eu defender, se bem que o pênalti seria cobrado pelo Balotelli – disse.
O juiz não assinalou a penalidade e confirmou o gol da Itália. Ficou para uma próxima oportunidade, só que não precisava ter acontecido logo neste jogo decisivo contra o Uruguai. O placar estava 0 a 0 e um gol àquela autura tornaria o jogo mais complicado ainda do que já foi.
O Brasil demorou a se encontrar em campo, com um início de partida completamente diferente das anteriores – não conseguiu partir de cara para o ataque – e David Luiz derrubou Lugano para o juiz decretar, corretamente, o pênalti.
O torcedor pareceu não acreditar, tentou protestar, mas não teve jeito. O pênalti estava marcado, e a bola em cima da cal. Forlán preparou-se para cobrar, ensaiou um sorriso, enquanto Julio Cesar se aprontava atrás da linha de fundo.
Forlán bateu, no canto esquerdo, mas Julio estava lá. Em um salto, espalmou a bola para córner, no chamado gol de goleiro – não existe, mas deveria existir, para recompensar aquele que brilha nos momentos d emairo dificuldade.
