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Cultura

Gogó da Ema promove divulgação das cachaças alagoanas

Henrique Tenório revela que, o segredo da cachaça Gogó da Ema está no armazenamento

A produção de cachaças Gogó da Ema surgiu a partir da necessidade de oferecer a Alagoas produtos que pudessem representar o Estado no setor de bebidas artesanais nas prateleiras de adegas e lojinhas de artesanato, com qualidade, sabor apurado e cuidado especial na apresentação estética dos produtos. Há seis anos instalado no município de São Sebastião, região do Agreste alagoano, o engenho Gogó da Ema aposta em barris diferenciados para armazenagem em três tipos de garrafas — 50ml, 500ml e 670ml — a cachaça ouro.

O sabor da bebida que atrai cada vez mais apreciadores despertou no engenheiro civil Waldir Tenório, 54, o interesse de conhecer melhor o produto. E foi após a especialização em Destilaria da Cachaça, que fez na Universidade Federal de Lavras (MG), que tudo começou.

Considerado um produtor de destaque na região, o engenho alagoano gera oito empregos diretos que são destinados exclusivamente a moradores de São Sebastião que entendem um pouco do assunto. Armazenadas em seis tonéis de bálsamo e de jequitibá que variam de 700 a 3.500 mil litros, as cachaças engarrafadas pelo alambique Gogó da Ema ficam envelhecidas por mais de um ano antes de chegar à mesa do consumidor. A conclusão dos estudos de Waldir, em Minas Gerais, ajudou na criação do segredo de suas cachaças: a fermentação. Considerado fator determinante para as bebidas Gogó da Ema engarrafadas com 42% de álcool destilado.

Apesar de as cachaças de Alagoas ainda não terem o padrão de um selo da qualidade definido, os produtores não se sentem desestimulados e mantêm a produção do destilado visando a inserção da bebida nos melhores restaurantes de Maceió. “A nossa cachaça tem uma aceitação muito boa entre os turistas. A cada ano que passa, estamos avançando na melhoria do sabor e da qualidade. Falta muito pouco para chegarmos perto das tradicionais cachaças mineiras”, destacou Henrique Tenório, filho de seu Waldir, responsável pela Adega do Farol.

Em Maceió, é fácil de encontrar a cachaça Gogó da Ema e as outras pertencentes à Associação dos Produtores de Cachaça de Alambiques de Alagoas (Aprocal). Basta ir até a Adega do Farol, ao Pavilhão do Artesanato ou à Feirinha da Pajuçara e adquirir o produto.

Segundo Henrique, a união entre as cachaças produzidas em solo alagoano e o apoio que o Governo do Estado está oferecendo, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Energia e Logística (Sedec), fez com que as cachaças da Aprocal fizessem parte da Cadeia Produtiva da Cachaça de Alagoas e alcançassem suas primeiras ações. “Juntos, estamos conseguindo fortalecer o mercado interno, pois a união com o Governo está nos abrindo várias portas que sempre foram do nosso interesse. O surgimento da Cadeia Produtiva, com a Aprocal, está contribuindo para a inserção de todas as cachaças no mercado”, informou.

Degustação

A fim de apresentar aos alagoanos as seis cachaças pertencentes à Aprocal, a Adega do Farol realiza, todas as sextas-feiras, das 18h às 20h, um encontro de degustação das bebidas Brejo dos Bois, Cachaça das Alagoas, Gogó da Ema, Engenho Nunes, JG e Gameleira para amigos e clientes. De acordo com Henrique Tenório, a intenção é que daqui a dois meses eles possam realizar o Circuito da Cachaça, uma vez ao mês, para que as marcas locais venham a cair no gosto dos alagoanos.

A Adega do Farol está localizada na Avenida Comendador Francisco Leão, no bairro do Farol, em Maceió, e vende mais de 120 rótulos de cachaças de todo o Brasil e, claro, de Alagoas.