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Alagoas

Gestores da Saúde discutem medidas para ampliar o número de transplantes em Alagoas

Alexandre Toledo reafirmou o compromisso do Estado de melhorar os serviços

Alagoas irá adotar medidas para aumentar o incentivo à doação de órgãos. A iniciativa faz parte de uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Estado e o município de Maceió. O assunto foi discutido na última semana na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), entre o secretário de Saúde, Alexandre Toledo, o coordenador do Comitê para o Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes, Silvano Raia, e o secretário de saúde de Maceió, Adeilson Loureiro.

Na ocasião, Silvano Raia, médico hepatologista, pioneiro da área de transplantes, garantiu aos gestores do Estado e município, o total apoio aos profissionais alagoanos em treinamentos para melhorar a captação, diagnóstico e doação de órgãos, que podem ser realizados por renomados especialistas no País. “O Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Transplantes de Órgãos e Tecidos, tem investido para aumentar o número de transplantes no País”, disse, afirmando ser favorável a regionalização dos serviços, a exemplo de Maceió, para transplantes de rins, e Recife para transplante de fígado e medula óssea.

“Estou aqui para ajudar Alagoas, que está com baixo índice de transplantes, e também orientar sobre as medidas adequadas para melhorar os serviços e aumentar a captação e doação de órgãos”, disse o especialista, elogiando o interesse do Estado e município de Maceió em adotar medidas viáveis para incentivar o aumento do número de transplantes.

O secretário Alexandre Toledo, destacou como positiva a reunião com o especialista e os gestores de Saúde de Maceió e reafirmou o compromisso do Estado de melhorar os serviços. “Sabemos do momento difícil que é perder uma ente querido, mas também é muito gratificante saber que a doação de órgãos ajuda a salvar vidas, por isso, que é importante o serviço adequado de doação e captação de órgãos, mas de forma humanizada”, destacou Toledo.

Também presente a reunião, o coordenador da Central Estadual de Transplante, Carlos Alexandre, falou do projeto Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) para ampliar o trabalho da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. O projeto será enviado a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para apreciação e aprovação, e depois enviado ao Ministério da Saúde. Ele informou ainda que na reunião, realizada em fevereiro, deste ano, com os gestores das três esferas de Governo, ficou definido a criação de uma comissão municipal de análise e incentivo ao transplante para trabalhar em parceria com o Estado.

O secretário adjunto de Saúde de Maceió e coordenador da comissão, André Born, ressaltou a importância de equipe para captação de órgãos e um trabalho proativo destinado ao transplante. “Existe uma Política Nacional de Transplantes e Alagoas está tendo dificuldade no que diz respeito à doação e captação de órgãos, por isso foi criada a comissão municipal para trabalhar junto com a coordenação estadual de transplante”, ressaltou.

O primeiro passo para uma pessoa se tornar um doador é conversar com a família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação de órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da morte encefálica. Em alguns casos, a doação em vida também pode ser realizada.