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Alagoas

Gestão integrada da Costa dos Corais é apresentada ao BID

Costa dos Corais, no litoral norte de Alagoas

A Agência de Fomento de Alagoas (Afal) e a Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) recebem, nesta sexta-feira (3) e sábado (4), a visita do consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Claudio Cortellese, que participará de um encontro, em Japaratinga, com técnicos do Governo e lideranças locais para conhecer os projetos de desenvolvimento na região da Costa dos Corais, no litoral norte de Alagoas.

A partir das 15h, na sala de reuniões do Hotel Bitingui, serão apresentadas as ações voltadas para o apoio à agricultura periurbana, implementadas pela Afal naquela região. O diretor do Master Eco Polis, professor Gianfranco Franz, vai apresentar a Agenda Estratégica para a Costa dos Corais, resultado de uma parceria entre o Estado e a Itália, centrada na gestão integrada da região costeira. O Eco Polis, mestrado internacional promovido pela Universidade de Ferrara, na Itália, teve seu último módulo desenvolvido em Alagoas e conta com nove alunos alagoanos.

Cortellese, que atua como especialista do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do BID, vai conhecer, ainda, o Programa Alagoas no Mapa, que prevê a difusão do conhecimento e a inclusão sócio digital a partir de diversos projetos que já estão em andamento sob a coordenação dos técnicos da Seplan.

O italiano é um defensor das ações voltadas para o desenvolvimento local, a partir de uma integração entre os agentes das próprias comunidades e as iniciativas das instituições multilaterais, além das diferentes instâncias governamentais. O caráter inovador de iniciativas que adotam este modelo já está sendo testado em países da América Latina, incluindo o Brasil.

Na manhã do sábado (4), o consultor participará de oficina com os alunos do Master Eco Polis, onde serão apresentadas propostas de projetos de desenvolvimento integrado, desenvolvidas durante o curso.

Competitividade – De acordo com Claudio Cortellese, o Fumin/BID está apoiando alguns projetos-piloto com conglomerados de empreendedores no Brasil, em um trabalho conjunto com o Sebrae. Para ele, utilizar o conceito de “cluster” (conglomerado) para a promoção da competitividade pode ser útil porque permite concentrar as ações nos aspectos que limitam o crescimento de várias empresas.

“Entre as medidas que permitiriam o aumento da competitividade está o desenvolvimento das capacidades tecnológicas das empresas. O investimento para isso é muito alto e, principalmente quando se pensa nas pequenas e médias empresas, fica claro que quando os investimentos acontecem no âmbito de um território, num cluster, podem ser mais eficientes”, diz.

Para ele, é importante que a política para o setor priorize as áreas em que o país tem mais chances de ser competitivo. “É preciso concentrar-se nas numerosas oportunidades que o Brasil claramente tem para desenvolver seu sistema produtivo”, diz Cortellese.