O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, recebeu nesta quinta-feira os secretários municipais de Assistência Social, Francisco Araújo Filho, e de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania, Pedro Montenegro. Após a reunião, Tavares designou que o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc) acompanhe os casos de moradores de rua assassinados em Maceió.
A imprensa tem noticiado que, de fevereiro deste ano até agora, nove moradores de rua foram assassinados em Maceió. Segundo Eduardo Tavares, a morte em série dos moradores de rua indica a possibilidade da existência de uma quadrilha especializada em “limpar a cidade”, efetuando um crime continuado que deve ser reprimido com bastante rigor. “A vida dos nossos irmãos deve ser preservada e não eliminada. Urge punição exemplar, na forma da lei”, contou.
Os secretários destacaram o apoio do Ministério Público e a ação que o poder público municipal vem fazendo para tentar minimizar os impactos da população de rua em Maceió. “Estamos trabalhando para tentar recuperar, em alguns casos, moradores que estão nas ruas”, afirma o secretário municipal Francisco Araújo Filho.
O Procurador designou para acompanhar o caso, o Promotor Flávio Gomes, do Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público. Para ele, é preciso dar uma resposta à sociedade, pois estão em jogo vidas humanas, e nestes casos específicos, de pessoas vulneráveis.
O próximo passo, segundo o Promotor Flávio Gomes, será o levantamento dos inquéritos que foram abertos para análise, e acionar o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, para traçar ações que possam esclarecer os crimes.