De acordo com o Banco Central não haverá inflação nos preços da gasolina e do gás de cozinha neste ano. A informação consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira (10) pelo BC. O documento diz que o comitê fez uma avaliação prospectiva das tendências de inflação e manteve a projeção anual de 4% para os reajustes totais dos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, água, telefonia, saneamento, transporte público e outros).
Segundo a ata, a alta nos preços do petróleo é “consistente com um quadro de aparente fortalecimento da demanda global, bem como de elevada instabilidade política em alguns países do Oriente Médio e, especialmente, do Norte da África”. Mas o BC ressalta que “a complexidade geopolítica que envolve o setor do petróleo tende a acentuar a volatilidade dos preços”.
O Copom manteve também as projeções de reajustes acumulados de 2,9% para as tarifas de telefonia fixa e de 2,8% para o alinhamento de preços no fornecimento de energia elétrica. O conjunto de preços administrados equivale a 29% em média do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as correções oficiais. Em janeiro, teve peso de 28,90% no total do IPCA.
O cenário de referência para os preços administrados leva em conta as hipóteses de manutenção da cotação do dólar norte-americano em R$ 1,65 e o superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida) de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas e serviços produzidos no país. Essas projeções já incorporam os efeitos estimados do aumento do compulsório bancário.