Garoto teve ainda os testículos quebrados e parte dos cabelos arrancados
O garoto de apenas dois anos que faleceu nesta terça-feira, 05, após “brincar de luta” com os irmãos de 11 e 13 anos foi sepultado na manhã desta quarta-feira, 06, sob um clima de dor e comoção no Cemitério São José, localizado no bairro do Prado, em Maceió. Além de sofrer traumatismo craniano, Denisson Arthur Miranda Neto teve ainda os testículos quebrados e parte dos cabelos arrancados, entre outros hematomas.
Após o sepultamento, Daniel Lealdo Melo, pai do garoto, conversou com a imprensa e contou que depois de ouvi seus outros filhos, os responsáveis pela agressão, concluiu que eles podem ter agido com o intuito de imitar os personagens da série, “Dragon Ball Z”, desenho transmitido pelas maiores redes de televisão do mundo e que consiste em uma luta do bem contra o mal, com o emprego de violentos golpes.
Ainda segundo o pai da criança, quando tudo aconteceu ele tinha ido resolver um problemas na rua e tinha deixado os meninos em casa brincando. Ao retornar se deparou com o mais novo caído no chão e ouviu dos filhos mais velhos a informação de que “tinha sido sem querer” e de que eles estavam apenas brincando. No momento em que as crianças começaram a lutar, um episódio da série era transmitido.
Denisson Arthur era filho de criação de Daniel Lealdo, ex-companheiro da mãe da criança. Por sua vez, a genitora do menor é uma viciada em crack que recentemente foi destaque na imprensa estadual por ter doado o garotinho a um vendedor de picolé.
A polícia foi informada por populares que residem próximo ao local onde o fato aconteceu que Daniel não cuidava direito da vítima e nem dos outros dois filhos, frutos de um relacionamento com outra mulher. Ele nega as acusações. No entanto, caso fique comprovado que o pai dos garotos contribuiu direta ou indiretamente para que os fatos terminassem de tal maneira, ele deverá ser responsabilizado perante a justiça.
O adolescente de 13 anos foi encaminhado para o Juizado da Criança e do Adolescente e provavelmente deverá permanecer internado na Unidade de Internação de Menores (UIM), como medida socioeducativa. Já a criança de 11 anos, não foi apreendida e vai ficar sob responsabilidade do conselho tutelar, uma vez que não completou a idade mínima para sofrer as punições previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.