Paralisação começa a valer a partir de segunda-feira, 5
Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 2, trabalhadores da Eletrobras e Chesf em Alagoas decidiram retomar a greve da categoria por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima segunda-feira, 5.
A posição dos funcionários foi tomada, segundo a categoria, depois da recusa em aceitar a proposta de conciliação feita pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em audiência na última quinta-feira , 1°, em Brasília. Com a retomada da greve, apenas os serviços essenciais serão mantidos. O atendimento ao público estará suspenso durante a greve.
Os trabalhadores do Sistema Eletrobras estão na luta por um acordo coletivo digno desde o mês de maio, quando foi entregue a pauta de reivindicações da categoria. Neste tempo, a categoria fez todos os esforços possíveis para se chegar a um acordo. No entanto, a empresa resolveu interromper as negociações e judicializar o acordo. Nas duas tentativas de conciliação, no TST, os trabalhadores mantiveram a postura de negociação e entendimento. Neste sentido, diante da solicitação do Ministro do TST, a categoria suspendeu a greve que durava duas semanas, ou seja, fez a sua parte.
A suspensão da greve foi importante e demonstrou que a categoria não quer radicalizar, mas os trabalhadores decidiram retomar a greve, pois o que foi acordado nas assembleias foi uma ação condicionada ao avanço nas propostas colocadas pelo TST, fato que não aconteceu. A direção da Eletrobras voltou para mesa de conciliação desconsiderando a proposta formulada pelo Ministro do TST, que trazia avanços, ao apresentar outra que punia os companheiros/as que estão saindo através do PDI, e rebaixada economicamente para toda a categoria, no que tange um acordo de 2 anos.
A Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, através do Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE, que negocia o acordo em nome de toda a categoria em nível nacional, foi incisiva na defesa de uma proposta com validade de 1 ano e que trouxesse ganho real para todos, e que não abrisse espaço para qualquer retirada de direitos. Diante do impasse e de intransigência da Eletrobras o processo de dissídio foi instalado.
O Sindicato vai continuar mobilizado por um acordo digno, na defesa dos interesses dos trabalhadores do sistema Eletrobras, mas sempre aberto ao diálogo e a retomada das negociações.
