Após 14 anos de muita batalha judicial, o Ministério Público Federal em Alagoas conseguiu garantir o julgamento da funcionária pública Maria das Graças de Medeiros Jucá, denunciada por tentativa de homicídio, qualificado por motivo fútil (arts. 121, 2º§, II, c/c 14, do Código Penal) contra o então coordenador de Assuntos Culturais do Espaço Cultural da Ufal, Otávio Gomes Cabral Filho. O procurador da República Joel Almeida Belo, vai atuar no júri, que acontece ás 8 horas, no Fórum da Justiça Federal, em Maceió.
O crime aconteceu em julho de 1996, quando a ré foi presa, em flagrante, após efetuar quatro disparos de arma de fogo contra Cabral Filho, de quem era, à época, secretária. Conforme consta nos autos, a vítima foi atingida por dois dos projéteis.
Durante os anos que se sucederam após a decisão do juiz federal Sérgio Wanderley que, em 1998, determinou o julgamento da acusada pelo tribunal do Júri (pronúncia), a defesa da funcionária pública da Ufal usou de vários recursos para evitar o julgamento pelo Tribunal do Júri, mas o Tribunal Regional da 5ª Região e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mantiveram a decisão, assegurando o júri popular.
