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Esporte

Frustrante! CSA apenas empata com o Campinense e dá adeus à série D

Atacantes do CSA não conseguiram furar o sistema defensivo do Campinense

A tarde deste domingo (9) não era para o CSA. Desde do começo do jogo, até o final, o time alagoano pressionou, foi melhor, mas não conseguiu vencer o time do Campinense. No final, um empate em 0 a 0 classificou o Campinense e eliminou o CSA, que mais uma vez frustrou a sua torcida, que fez uma bela festa nas arquibancadas.

Pior que o empate e a eliminação na competição nacional, o CSA, elenco, comissão técnica e principalmente a torcida, vê a temporada encerrada de forma precoce para o grupo do Mutange.

Agora, o CSA só volta a atuar profissionalmente em 2013, quando buscará o título do Campeonato Alagoano, além das vagas na Série D novamente, Copa do Brasil e Campeonato do Nordeste, tudo isso no ano do seu centenário.

O JOGO – 1º TEMPO

Estádio Rei Pelé lotado, parecendo uma decisão de campeonato, e até era, uma vez que CSA e Campinense disputavam uma vaga na próxima fase, evitando assim, o fim precoce da temporada de futebol 2012.

Apoiado pela torcida e precisando do resultado, o “Azulão do Mutange” começou o jogo a “1000 por hora”. Desde os primeiros minutos do CSA tinha o domínio de bola quase que total e pressionava a equipe do Campinense.

O CSA era muito superior no começo do jogo e tentava de todas as formas, seja com a bola rolando, trocando passes insinuantes na entrada da área rival, ou nas bolas paradas. Numa dessas cobranças, Ronaldo mandou uma bola venenosa que a defesa do Campinense afastou no susto.

Mesmo acuado em seu campo de defesa, o Campinense mostrava para que veio, tentando paralisar as jogadas pelo maior tempo possível, se fechando na defesa e tentando assustar e surpreender nos contra-golpes e quando isso acontecia, encontrava uma defesa azulina bem postada e ligada.

Passados os primeiros minutos de sufoco, as equipes pareciam já ter se estudado e mostravam que iriam atacar na hora certa. Com um pouco mais de espaço para ir ao ataque, o Campinense assustou com o camisa 9 Warley, que recebeu belo passe de Renatinho Carioca, dominou e bateu colocado, com a bola passando perto do ângulo esquerdo da baliza defendida por Flávio.

Por volta dos 30 minutos, o CSA demonstrava um pouco de nervosismo, errando passes e dando espaço para o time do Campinense, que mostrava gostar do jogo. Porém, a torcida marujo agia como um 12º jogador e empurrava e assim o CSA quase abre o placar. Após troca de passes entre Washington e Paulinho Macaíba dentro da área, a bola sobrou para Celico, que dominou, mas hora do chute foi travado.

Segunda metade da primeira etapa, caminhando para o fim, o jogo era equilibrado e o CSA, apesar do maior volume de jogo, errava muitos passes e assistia o Campinense impor contra-ataques à todo momento, tornando o jogo “lá e cá”.

A equipe do tocava e errava muitos passes e mostrava uma dependência do camisa 10 Ronaldo, que não tinha vida fácil. Porém, em duas oportunidades o artilheiro azulino recebeu em condições de finalizar. Primeiro, mandou por cima da baliza rival e na segunda, de frente para o gol, mandou fraco, nas mãos de Pantera.

Minutos finais do primeiro tempo, o Campinense já segurava o resultado, enquanto o CSA continuava atacando e por muito pouco não marcou, na melhora chance da primeira etapa. Após uma troca de passes, a bola sobrou na esquerda para Rafael Araújo que mandou forte e alto, mas viu Washington surgir de surpresa, para dar um “peixinho” e mandar a bola rente a trave do goleiro Pantera, que apenas olhou redonda sair para a linha de fundo.

E esse foi o último lance de perigo do primeiro tempo. A segunda etapa prometia muitas emoções, uma vez que o CSA precisaria se classificar nos próximos 45 minutos, enquanto o Campinense colocaria em prática o seu esquema para esta partida.

2º – TEMPO

A volta para a segunda etapa mostrou um CSA com gás renovado para pressionar o Campinense em busca da vitória e consequentemente da classificação. O time marujo, da mesma forma que a primeira etapa, abafou a equipe do Campinense.

Washington, que se movimentou bem começou com tudo e em duas oportunidades levantou a torcida azulina. Primeiro, o meia invadiu a área e foi derrubado, lance polêmico, que o árbitro mandou seguir. Na jogada seguinte, o mesmo Washington fez grande jogada, deixou dois rivais para trás e ao entra na área desequilibrado, bateu fraco, nas mãos do goleiro Pantera.
Se a torcida do CSA alternava entre gritos de apoio e tensão, um lance levantou de vez a torcida. Cobrança de escanteio por Ronaldo e o zagueiro Leandro surgiu na área como um foguete, testando forte, com a bola explodindo no travessão.

O segundo tempo veio para acabar com qualquer esquema pré-definido pelos treinadores. O CSA precisava do resultado, atacava, pressionava e assustava. O Campinense usava a mesma estratégia da primeira etapa nos contra-ataques preocupava a torcida azulina. Porém, as duas equipes não conseguiam concluir com perigo.

Corridos os primeiros 15 minutos da etapa final, os dois treinadores mudaram, focando numa nova realidade no jogo. No CSA, Leandrinho e Celico saíram para as entradas de Guêba e Jonatas, enquanto Isaías e Potita deixaram o campo, sendo substituídos por Nino Paraíba e Anderson Vieira.

O jogo era tenso, o CSA pressionava e levava a sua torcida a loucura. Se com a bola rolando estava difícil, o “azulão” tentava na bola parada, arma em outros jogos. Após falta em Paulinho Macaíba de frente para a área, Ronaldo bateu à meia altura e goleiro Pantera se jogou no canto direito, tirando com a ponta dos dedos.

A defesa do CSA, apesar de dar espaços no meio de campo e proporcionar contra-golpes, na zaga se mostrava segura e recompunha o time marujo, defendo as perigosas investidas do Campinense e colocando o time para frente.

Passados 30 minutos do segundo tempo, a situação ficava dramática para o CSA, que continuava buscando incessantemente o gol. Buscando um time ainda mais ofensivo, o técnico Lorival Santos mandou o jovem atacante Robério para campo na vaga de Jucemar Gaúcho.

A bola parada era mesmo uma arma forte do CSA, mas ainda não “letal”. Falta sobre Washington na quina da área do lado direito de ataque. Ronaldo foi para a cobrança, tirou da barreira, mas o goleiro Pantera se jogou e fez uma defesa espetacular.

Faltando 15 minutos para o final do tempo regulamentar, era impressionante o domínio do time do CSA. A equipe alagoana recuperava todas as bolas no meio de campo, pressionava, chutava, mas a bola não entrava, para desespero do torcedor azulino.

Cinco minutos para o final do jogo, a torcida do CSA esperava um milagre no final da partida e por alguns segundos chegou a comemorar. Após cruzamento na área, bate-rebate, Paulinho Macaíba se jogou na bola e mandou para o gol. Porém, o assistente já marcava o impedimento.

Aos 45 minutos de jogo, o árbitro assinalava 4 minutos de acréscimo e o CSA conseguia uma falta em cima de Washington, de frente para a área e ali estava última chance do jogo, nos pés de Ronaldo. Na cobrança, o meia mandou na barreira e com ela o sonho do acesso à Série C do Campeonato Brasileiro.

Aos 49 minutos, o árbitro encerrou a partida com um empate sem gols, que classificou o Campinense e mais uma vez, frustou a torcida azulina, que viu o seu representante eliminado.

FICHA TÉCNICA

Campeonato Brasileiro 2012 – SÉRIE D – Segunda Fase

Estádio Rei Pelé – Maceió, Alagoas

CSA 0 x 0 Campinense-PB

Árbitro: Marielson Alves Silva(BA)
Assistentes: Adailton Jose De Jesus Silva(BA) e Elicarlos Franco De Oliveira(BA)

CSA: Flávio, Leandrinho(Guêba), Adalberto, Leandro e Rafael Araújo; Levi, Jucemar Gaúcho(Robério), Celico(Jonatas) e Ronaldo; Washington e Paulinho Macaíba.

Técnico: Lorival Santos

Campinense: Pantera, Ferreira, Breno, Ben-Hur e Renatinho Carioca; Charles Wagner, Anderson, Fernandes e Isaías(Nino Paraíba); Potita(Anderson Oliveira) e Warley(Marabá).

Técnico: Freitas Nascimento

Cartões Amarelos: Leandrinho (CSA) – Breno, Potita, Anderson Oliveira e Renatinho(Campinense)