Nem o Complexo Conventual Santa Maria dos Anjos, localizado no Centro Histórico de Penedo, foi poupado da ação criminosa nos últimos dias. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no ano de 1941, vários objetos do seu interior estão inventariados, catalogados.
Logo, quem furtou a chave de prata do sacrário (espécie de cofre colocado no altar para guardar objetos usados na eucaristia), pode estar praticando um crime federal. Em rápida entrevista ao Programa Lance Livre da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br), o frei Gilton Rezende, aproveitou o momento para fazer um apelo a quem levou o objeto, pedindo sua devolução, antes que o caso seja notificado as autoridades policiais.
“Pedimos que devolvam a chave do sacrário. Não queremos ainda, que o caso vá parar na polícia. Porém, se a devolução não acontecer, iremos registrar um Boletim de Ocorrência”, lamentou o frei Gilton Rezende.
A chave furtada fica em um lugar próximo ao altar e já existe uma suspeita de quem teria furtado o objeto. “Existe uma suspeita. Mas, não podemos apontar sem provas. Caso não apareça dentro de um curto prazo de tempo, as autoridades policiais que vão investigar se o suspeito furtou realmente o objeto”, concluiu.
De acordo com a técnica do IPHAN, Joelma Farias, apesar da chave não estar inventariada, o caso será notificado as autoridades federais. É um procedimento de praxe. “Procuramos em nosso banco de dados e verificamos que o objeto chave não foi inventariado. Vamos entrar em contato com o responsável pelo Convento para levantar mais informações, tentar conseguir uma foto do objeto. Para só então, oficializar o caso a Superintendência da Polícia Federal, em Maceió”, explicou em rápida conversa via telefone, a técnica do órgão federal em Alagoas.
Bens procurados
No site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), existe uma consulta disponível para ter acesso aos bens culturais furtados em todo o Brasil. Atualmente, catalogados pelo órgão federal em Alagoas, apenas um objeto sendo procurado, uma adaga de prata do século XIX furtada também de uma das igrejas de Penedo.