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Meio Ambiente

FPI realiza fiscalizações em Porto Real do Colégio e Igreja Nova e apreende redes, covos e kits de pesca subaquática no São Francisco

Os integrantes da equipe reforçaram que cada peixe e camarão devolvido ao rio representa esperança de regeneração para o ecossistema - Foto: assessoria

Durante a mais recente etapa da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco, equipes da Marinha do Brasil e do grupo de combate à pesca predatória concentraram ações nos municípios alagoanos de Porto Real do Colégio e Igreja Nova, além do povoado Saúde, em Sergipe. As operações resultaram em inspeções navais, notificações e na apreensão de petrechos irregulares utilizados na pesca ilegal.

No total, a Marinha realizou 44 abordagens a embarcações de esporte e recreio, transporte de carga, passageiros e pesca. Duas notificações foram emitidas: uma contra uma lancha que realizava transporte de passageiros sem tripulação habilitada, infringindo o Regulamento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA), e outra contra uma obra de aquicultura com dez tanques-rede não regularizados.

Paralelamente, a equipe de combate à pesca predatória apreendeu dezenas de covos, aproximadamente 4 mil metros de redes e dois kits de mergulho usados para pesca subaquática, modalidade proibida no rio. Todo o material será destruído para evitar reutilização. Parte da fauna aquática ainda viva encontrada nesses petrechos foi devolvida às águas do São Francisco.

Segundo o superintendente do Ibama e coordenador da equipe Aquática, Rivaldo Couto, a iniciativa busca preservar o equilíbrio ecológico do Velho Chico. “A pesca predatória é uma das maiores ameaças ao São Francisco. Ela compromete a reprodução natural das espécies, reduz os estoques pesqueiros e afeta comunidades ribeirinhas que dependem do rio. A fiscalização é não só repressiva, mas também educativa, mostrando que a preservação é um investimento no futuro coletivo”, destacou.

Os integrantes da equipe reforçaram que cada peixe e camarão devolvido ao rio representa esperança de regeneração para o ecossistema. “O Velho Chico é a veia da sobrevivência do Sertão e só continuará pulsando se houver respeito às suas águas e espécies”, completou Rivaldo Couto.

A 15ª FPI de Alagoas segue com fiscalizações em diferentes municípios da bacia, reunindo esforços de órgãos ambientais, de segurança e fiscalização para proteger o patrimônio natural, cultural e social que o rio São Francisco representa.