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Meio Ambiente

FPI do São Francisco combate à pesca predatória e apreende mais de 1350 covos irregulares

Apetrechos de pesca foram confeccionados de fugindo os padrões estabelecidos pelos órgãos fiscalizadores

A Equipe Aquática da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco realizou, nesta segunda-feira (25), a maior apreensão de covos desta edição do programa. Foram 1350 unidades confeccionadas com tela plástica ou talas, cujo espaçamento era inferior ao que a Lei permite. Na ocasião, também ocorreu a soltura de 5200 espécimes de camarões e peixes. Os infratores não foram localizados.

Para realizar as ações, a equipe conta com embarcações do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e da Marinha do Brasil, esta, por meio da Agência Fluvial de Penedo, que também cedeu um jetski. Com essa estrutura, os integrantes da FPI do São Francisco fizeram inspeção naval em 13 embarcações. Entre elas, encontravam-se nove lanchas de transporte de passageiros, duas lanchas de esporte e recreio, uma balsa e uma canoa tipo rabeta. Duas embarcações foram notificadas e uma acabou sendo lacrada.

“O combate à pesca predatória foi intensificado durante a FPI nas localidades visitadas, onde a equipe realizou, ao longo dos últimos dias, o recolhimento de 4000 covos ilegais utilizados para a captura de camarões e pitús. Esses apetrechos ilegais geram um grande impacto a biota local, visto que os espécimes de crustáceos são capturados na sua fase juvenil, não alcançando a maturidade reprodutiva. No trecho do Rio São Francisco próximo ao município de Pão Açúcar foram recolhidos 3500 metros de rede com malha inferior ao permitido”, detalha o chefe do Setor de Fiscalização do Ibama, Rivaldo Couto, um dos principais nomes do combate à pesca predatória na operação.

Rivaldo afirma que um grande diferencial desta etapa da FPI foi a realização de sete flagrantes por crimes de pesca e porte de armas de fogo ilegais, que rendeu a condução de seis pescadores às Delegacias Regionais de Penedo e Batalha. “O combate à pesca ilegal durante as ações da Fiscalização está cada vez mais consolidado, com resultados significativos, ainda mais com a dissuasão dos crimes relacionados com a atividade pesqueira. Com isso, o programa contribui para a melhoria da qualidade ambiental e a redução do esforço de pesca fora das normas legais”, completou.