Mais de 200 pessoas estiveram reunidas no I Fórum Territorial das Plataformas de Centros Urbanos (PCU), realizado nesta quinta-feira (30), no Sesc Guaxuma. O evento é fruto de uma parceria entre a Prefeitura e o Unicef, e também está sendo realizado em outros estados brasileiros. Maceió, desde o ano passado, aderiu ao projeto das PCU e de lá pra cá, vem desenvolvendo ações que visam diminuir as desigualdades sociais intraurbanas entre as crianças e os adolescentes.
O primeiro encontro reuniu comunidades da Região Administrativa VIII, referente ao Litoral Norte, contando com representantes de diversas comunidades.
De acordo com a articuladora do Unicef em Maceió e secretária adjunta municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Juliana Vergetti, as Plataformas dos Centros Urbanos são uma iniciativa do Unicef e já foram testadas no Rio de Janeiro e São Paulo. Neste outro ciclo (para 2013 a 2016), além delas, mais seis capitais fazem parte desta plataforma, entre elas, Maceió.
“É uma metodologia que propõe a integração para, assim contribuir e buscar que cada criança e cada adolescente tenha seus direitos assegurados. Aqui, estão envolvidas diversas secretarias municipais e o mais importante que são os atores principais nesse processo: as comunidades. Nesse trabalho, nós analisamos diversos indicadores propostos pelo Unicef, relacionados aos direitos de aprender, se desenvolver, sobreviver, entre outros. Com base neles, foi construída uma linha de base e nós identificamos os territórios onde cada ação conjunta vai contribuir para nós reduzirmos essas desigualdades”, explicou Juliana.
De cada fórum, sairão as propostas elaboradas em conjunto com a comunidade e os técnicos das secretarias que participam, para que possam ser implantadas ações e projetos de forma efetiva e eficaz.
“Temos dados que mostram onde existem as principais carências. Temos um retrato de Maceió e o Unicef traz a metodologia e dá o suporte para que a Prefeitura, junto com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), possa implantar estas ações nestes territórios. Depois de cada fórum, serão colocadas duas ações que o município pode fazer e duas que a comunidade também pode se responsabilizar”, disse Luiza Leitão, consultora do Unicef.
Nos fóruns, serão trabalhados indicadores como taxa de mortalidade, gravidez na adolescência, acesso à escola a partir da educação infantil, saúde, entre outros. Na oportunidade, foram formados grupos para discutir estes temas, analisando o que há de positivo e quais são os pontos negativos nas comunidades da região norte.
Viviane é uma jovem de 12 anos e participou do grupo de discussão sobre gravidez na adolescência. Para ela, participar deste evento foi de grande importância. “Na minha rua mesmo te muitas meninas grávidas. Conheci uma que tinha apenas 10 anos e isso, eu não quero pra mim. Então, eu espero que com esta atividade as meninas e os meninos se preocupem mais com isso, porque engravidar tão jovem traz dificuldades para gente e para a nossa família. Muitas abortam e isso não é bom”, disse Viviane.
No dia 11 de novembro, será realizado o fórum territorial na sede da Guarda Municipal do Vergel; no dia 14, o encontro acontece na sede da Semed; no dia 22, o fórum será no CAIC do Tabuleiro do Martins, e no dia 29 de novembro, no Benedito Bentes.