Duas atividades de reinserção social foram realizadas nesta sexta-feira (06) pelo projeto Acolhe Alagoas, da Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz). Pela manhã, acolhidas, ex-acolhidos e familiares participaram de uma oficina de manuseio de chocolate para produção de bombons e outros doces. À tarde, a partir das 15h, 20 ex-acolhidos receberam o diploma de alfabetização do Mova Brasil, projeto de educação de jovens e adultos promovido pela Petrobras.
A oficina de manuseio de chocolate foi realizada em parceria com a ONG Instituto Salve as Águas (ISA), no Pontal da Barra. Onze pessoas – entre elas quatro mulheres ainda em acolhimento na comunidade Casa Betânia – aprenderam a fazer bombons, trufas, ovos de páscoa e chocolates decorados, em uma ação profissionalizante na perspectiva de geração de renda.
“Dentro do programa de reinserção, estamos com a proposta de realizar cursos deste tipo uma vez a cada mês, para ensinar uma atividade com que eles possam trabalhar, fazer um pequeno negócio e ganhar algum dinheiro. Para o próximo mês, já está acertado um curso de caixas em MDF”, explica Luan Gama, superintendente de Políticas sobre Drogas.
Uma das participantes da oficinas foi a dona de casa Irene Ferreira, mãe de um ex-acolhido e com um sobrinho em acolhimento, considerou a oportunidade imperdível. “Esse curso vai ajudar muito, porque já dá para começar a fazer e vender. Quando me falaram sobre a oficina dei logo meu nome”.
Ela, por sinal, já tem boas experiências com o programa reinserção. “Meu filho, quando saiu da comunidade, fez terapia e cursos no Centro de Acolhimento e foi encaminhado para um emprego como porteiro. Ele está lá trabalhando agora, graças a Deus”, conta dona Irene.
Diplomas de alfabetização
A partir das 15h, no auditório do Sindicato dos Urbanitários, aconteceu a cerimônia de formatura de 20 ex-acolhidos, que concluíram o curso de alfabetização com ênfase em cidadania, Mova Brasil. O projeto é promovido pela Petrobras em parceria com o governo federal. As aulas começaram em abril e duraram nove meses. Além de aprenderem a ler e escrever, os ex-acolhidos tiveram aulas de meio ambiente e noções de geração de renda.
“Esta formatura é uma felicidade para nós, pois quando falamos em reinserção social, vem logo à mente a volta ao mercado de trabalho, mas a reinserção escolar é igualmente importante. Quanto melhor o nível de instrução do acolhido, melhores são as vagas de trabalho e os cursos profissionalizantes que ele pode fazer”, disse Suely Xisto, diretora de Reinserção da Sepaz.
