Uma operação conjunta entre as secretarias municipais de Meio Ambiente (Sempma) e Infraestrutura, além do Batalhão de Policiamento Ambiental interditaram, nesta terça-feira, o Bar e Restaurante Família Giuliano, localizado na Avenida Álvaro Otacílio, na orla de Ponta Verde, em Maceió.
De acordo com os técnicos municipais, o estabelecimento vinha cometendo crime ambiental despejando dejetos na rede pluvial. Além da interdição, a gerência do restaurante teve que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta.
O representante do restaurante, Antônio Matos, confessou ter conhecimento do problema e disse que já programava resolvê-lo. “Confesso que estava fazendo a coisa errada, mas nossa intenção já era consertar. A multa nós aceitamos pagar, o que não queremos é a interdição”, falou.
Para Graciete Gomes, fiscal da Sempma, esse problema tem acontecido devido a obras da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). “A Casal está renovando a rede, construindo a Bacia da Pajuçara, o que vem causando transbordamentos. Toda a rede está tendo retorno, e, para desafogar, acaba despejando nas nossas galerias”, explica. No entanto, nesse caso, a responsabilidade é do restaurante. “O estabelecimento deveria ter contratado um caminhão-pipa para bombear e lançar no emissário submarino”, acrescenta.
A empresa terá cinco dias úteis para se apresentar à Sempma. Enquanto o dano ambiental não for revertido, o restaurante permanecerá interditado. Ainda não foi estipulado o valor da multa. “Nossa intenção não é fechar o estabelecimento. Assim que ele regularizar o problema, volta a funcionar”, afirma Ricardo Ramalho, secretário de Meio Ambiente.
A ação faz parte do projeto Mar Aberto que tem como objetivo coibir as chamadas “línguas negras” na orla marítima de Maceió. Há cinco anos, a Sempma realiza trabalho de monitoramento e fiscalização com a finalidade de eliminar as ligações irregulares à rede de galerias de águas pluviais.