Dois laboratórios do mesmo proprietário, um instalado em Santana do Ipanema e o outro no município de Olho D’água das Flores, foram interditados pelos fiscais do Instituto do Meio Ambiente (IMA), na última sexta-feira (1), por destinação inadequada de resíduos hospitalares. O responsável foi autuado e recebeu uma multa no valor de R$ 30 mil.
Os laboratórios de análises clínicas foram interditados por realizar o descarte e incineração do lixo hospitalar de forma irregular, em uma propriedade não autorizada. No local, a equipe flagrou um forno de incineração dos materiais, vários depósitos de sangue e diversos recipientes laboratoriais.
Segundo José Roberto de Farias, fiscal do órgão, a situação configura uma infração ambiental porque resíduos hospitalares devem seguir o que determina a legislação ambiental por representar risco para a saúde humana e para o meio ambiente. Os critérios de descarte devem considerar os grupos de classificação, definidos conforme a presença de materiais potencialmente infectantes, químicos, rejeitos radioativos, resíduos comuns e outros perfurocortantes.
Ainda na sexta-feira, também em Olho D’água das Flores, uma pocilga foi interditada e multada em R$ 28 mil pelos técnicos por funcionar sem licença e por descarte indevido de efluentes. O dono da pocilga teve que interromper as atividades e deverá procurar o Instituto para regularizar a situação.
Satuba
Na última quinta-feira (31), a equipe de fiscalização do IMA esteve em Satuba e encontrou um abatedouro de bovinos funcionando de forma indevida. No local, foram encontrados dejetos e partes de animais dispostos de forma irregular.
Segundo Ermi Ferrari, gerente de monitoramento e fiscalização do Instituto, não foram apresentados aos técnicos qualquer certificado de destinação final dos resíduos sólidos, o que acarretou em uma multa no valor de R$ 257.
“Quanto aos efluentes líquidos, foram feitas coletas para análise do material, para verificar a eficiência do tratamento aplicado por eles”, explicou Ermi. O gerente disse ainda que, caso o tratamento se comprove ineficiente, após o resultado da análise do laboratório, o abatedouro poderá receber outra multa e até mesmo ser interditado.
