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Negócios/Economia

FGV: dúvidas na recuperação econômica mundial impactam indicadores

As dúvidas sobre a velocidade de uma possível recuperação da economia mundial no primeiro semestre de 2021 e uma grande diversidade entre as regiões provocaram, em fevereiro, uma desaceleração na alta do Barômetro Global Coincidente na comparação com janeiro e um recuo no Barômetro Global Antecedente, que se aproximou do nível de neutralidade.

Enquanto o Barômetro Global Coincidente subiu 1,3 ponto em fevereiro e passou de 96,3 para 97,6 pontos, o Barômetro Global Antecedente registrou queda de 6,9 pontos, indo para 104,1 pontos. Os resultados foram divulgados hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a análise, no horizonte Coincidente, enquanto a região da Ásia, Pacífico&África evolui favoravelmente, áreas da Europa e Hemisfério Ocidental influenciaram negativamente o desempenho. Segundo o Ibre, no Barômetro Antecedente o Hemisfério Ocidental teve comportamento diverso das demais regiões e contribuiu ligeiramente de forma positiva para o agregado.

Para o pesquisador Paulo Picchetti, da FGV/IBRE, apesar do resultado positivo da região da Ásia, Pacífico&África, nas demais áreas o avanço da pandemia provocou o endurecimento das medidas de isolamento social e, em consequência, a desaceleração de suas contribuições para o Barômetro Coincidente. Segundo o pesquisador, entre os setores, as variações positivas de curto prazo se relacionam à baixa base de comparação, mas a indústria, que vinha recuperando em maior intensidade, voltou a registrar variação negativa na margem.

“Todos os setores e regiões, excetuando o Hemisfério Ocidental, contribuíram negativamente para o Barômetro Antecedente, evidenciando os desafios para que o processo de imunização cumpra seu objetivo dentro do horizonte de planejamento dos próximos meses”, disse.