Bola colocada na marca penal. O cobrador se posiciona e com o olhar fixo na bola, parte para ela e finaliza. Sai o chute, e voa um gigante vestido de azul para espalmá-lo para longe do gol palmeirense.
O goleiro Fernando Prass já fora decisivo para o Palmeiras em jogos anteriores. Na decisão da Copa do Brasil não foi a primeira vez que ele salvou o time palestrino numa disputa por pênaltis.
Sempre decisivo nesse tipo de disputa, Prass jamais esquecerá a final da Copa do Brasil de 2015. Afinal, ele decidiu o título com uma defesa e um gol nessa disputa. O gol que encerrou a competição.
As disputas de pênalti contra Corinthians e Fluminense em 2015. Cada dia em que o Palmeiras precisou e teve a ajuda do goleiro para seguir adiante. Para lutar por mais um dia. Aos trancos e barrancos. De uniforme sujo, corpo suado e dever cumprido.
Ainda assim, entre todas as lembranças, se destacará a da noite de título no Allianz Parque. Porque Fernando Prass nunca foi tão Palmeiras como na partida diante do Santos.
Prass nunca foi tão Palmeiras porque nunca foi tão Marcos. Cada torcedor palmeirense lembrou-se e pediu ao santo goleiro que eliminou rivais com suas defesas para que iluminasse Fernando. Prass nunca foi tão Palmeiras porque nunca foi tão líder. Feito um César Sampaio sem braçadeira, comandou o time e foi, ao lado de Zé Roberto, um dos pontos de equilíbrio da equipe. Por fim, Prass nunca foi tão Palmeiras porque nunca foi tão Evair para, com a frieza reservada apenas aos grandes da história, decidir um título com uma cobrança de pênalti. Foi inspiração até para Dudu, que teve a mais edmundiana de suas noites, com lágrimas, gols e raça.