Alimentos não têm agrotóxicos e preços são mais acessíveis
Assentados da reforma agrária que participam da Feira Camponesa, aberta oficialmente nesta quarta-feira (24), na Praça da Faculdade, no Prado, devem comercializar cerca de 150 toneladas de produtos até o próximo sábado (27), quando a atividade será encerrada.
A feira funciona das 6h às 23h e oferece produtos variados, como galinhas, patos e perus vivos, frutas, hortaliças, ovos, inhame, macaxeira, tapioca, pé-de-moleque, farinha e feijão. Organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Feira Camponesa tem o apoio do Governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Articulação Social (SEAS) e Gabinete Civil, e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Uma das agricultoras que participam da atividade é Vera Lúcia Vieira dos Santos, do assentamento Patativa do Assaré, em Olho D’Água do Casado. Ele levou para a feira ovos, coentro, limão, tomate, vassouras, cebola, alface e tomate. “Eu sempre venho porque as vendas aqui são boas”, disse, informando que o marido participa das vendas com ela durante esses três dias de feira.
Outra agricultora que está com barraca na atividade é Josefa da Silva, do assentamento Jubileu 2000, em São Miguel dos Milagres. Ela vende massa puba, abacaxi, amendoim, macaxeira, inhame, coco e banana. Segundo ela, toda a produção vem de uma área de 7,5 hectares no assentamento onde mora com a mãe.
Segundo o coordenador da CPT/AL, Carlos Lima, a feira é uma oportunidade para os agricultores, que vendem seus produtos sem intermediários, e a população, que pode comprar alimentos sem agrotóxicos e a preços melhores.
Fortalecimento – Durante a abertura oficial da Feira Camponesa, a diretora presidente da Emater/AL, Inês Pacheco, que na ocasião também representou o secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior, informou que a entidade já terá orçamento para esse ano e para o próximo Plano Plurianual. “O órgão está à disposição dos agricultores com serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa, pois sabemos que esses serviços são fundamentais para o desenvolvimento da atividade”, salientou Inês Pacheco.
Na ocasião, o secretário de Estado de Articulação Social, Claudionor Araújo, destacou que o governador Teotonio Vilela criou um comitê inédito no Brasil para dirimir sobre os conflitos agrários, recriou a Emater, vai inaugurar o primeiro trecho do Canal do Sertão e recebe todos os movimentos sociais e agricultores.
O diretor presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Alan Balbino, salientou que o órgão faz uma reforma agrária complementar por meio do Programa de Crédito Fundiário. Ele também lembrou que Alagoas tem um dos preços de hectare de terra mais caros do Brasil.
