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Alagoas

Familiares de socioeducandos participam de reunião do Projeto Florescer

A Superintendência de Assistência Socioeducativa (Sase) reuniu na tarde desta quarta-feira (3), familiares de socioeducandos de várias unidades para um encontro do Projeto Florescer, iniciativa que busca estimular a participação da família no processo de socialização dos jovens. Também foram entregues aos familiares documentos de socioeducandos, emitidos através de parceria entre a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e a Justiça Itinerante.

O Projeto Florescer teve início em julho deste ano e procura abordar assuntos variados, como saúde, orientação sexual e dependência química, junto aos parentes dos adolescentes. Os participantes interagem durante os encontros, falando sobre experiências pessoais e expondo questionamentos.

Segundo a diretora de Saúde da Sase, Polyanna Teixeira, a família e o Estado devem realizar um trabalho conjunto para integrar o jovem à sociedade da melhor forma possível. “Acredito que o Estado não deve ser o único responsável pelo processo de socialização, pois a família é um dos pilares mais importantes para a mudança dos jovens. Alguns parentes querem ajudar o socioeducando, mas não sabem como. A reunião oferece uma orientação para essa ajuda”, explicou.

Maria Luzinete dos Santos, que tem duas filhas cumprindo medida socioeducativa, afirmou que a reunião é uma oportunidade de aprendizado. “Procuro sempre estar presente para as minhas filhas, realizando visitas semanais, mas durante o cumprimento da medida socioeducativa, a família sofre muito, pois fica longe de quem ama. Vejo nesses encontros uma oportunidade de aprender e de conversar sobre essa situação”, disse ao participar da reunião.

Documentação

A Seris, em parceria com a Justiça Itinerante, realizou em maio deste ano uma ação para expedir documentos dos socioeducandos, como registro de nascimento, identidade, CPF e carteira de trabalho, beneficiando cerca de 90 jovens. Parte desse material foi entregue aos familiares nesta quarta-feira (3).

“A documentação é um direito do cidadão, e não é pelo fato dos jovens estarem privados de liberdade que eles perdem esse direito. Ao término da medida socioeducativa, eles estarão aptos a ingressar no mercado de trabalho, participar de processos seletivos, entre outras coisas que só são possíveis com a documentação regularizada”, destacou Polyanna Teixeira.