O absenteísmo nas unidades de saúde pública de Alagoas tem preocupado a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), gestores e profissionais da área, diante dos índices elevados de pacientes que não comparecem às consultas, exames e cirurgias previamente agendadas.
A prática não apenas prejudica o próprio tratamento, mas, também, impede que outras pessoas tenham acesso ao atendimento, sobrecarregando o sistema e gerando desperdício de recursos.
O secretário executivo de Regulação e Gestão da Sesau, Igor Montteiro, destaca a importância de conscientizar a população para informar para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do seu município de residência sobre o não comparecimento às unidades em que têm consultas e exames agendados.
Isso porque, com esta medida, o Estado será comunicado e poderá ofertar as vagas não preenchidas para outros usuários que desejam aquela consulta.
“A vaga da consulta que você não pôde comparecer pode ser colocada para outra pessoa. Sendo assim, nós democratizamos e ampliamos o acesso ao serviço de saúde. Isso é muito importante porque cerca de 30 a 40% dos pacientes que são marcados para atendimentos faltam no dia da consulta, exame ou sua cirurgia. Se aconteceu algum imprevisto ou não dará para ir naquele dia agendado, comunique a sua Secretaria Municipal de Saúde para que ela informe a Sesau e, deste modo, possamos programar, porque a sua vaga pode ser direcionada a outro paciente e, assim, podemos assistir e atender mais pessoas”, disse Igor Montteiro.
Constatação
O Hospital da Criança de Alagoas, localizado no bairro Jacintinho, é uma das unidades que mais registraram falta de pacientes em consultas na Rede Pública de Saúde Alagoana. Só em janeiro deste ano foram 48% de faltas computadas, e nos meses subsequentes esse número não baixou muito: 39% em setembro.
A Clínica da Família Aprígio Vilela, localizada no Benedito Bentes, assim como as outras unidades pertencentes à Sesau, também apresentou altas taxas de absenteísmo com 33% de faltas registradas no mês de setembro deste ano.
A Clínica da Família Dr. João Fireman, no Jacintinho, computou em fevereiro deste ano 39% de faltas e em março o mesmo número.
Agência Alagoas